O objetivo desta tese foi avaliar variabilidade das feições de uso e cobertura da terra e sua relação com urbanização dos ambientes costeiros na ilha de santa catarina, sc, brasil. a metodologia adotou a análise e interpretação visual de imagens áreas (mosaicos aerofotogramétricos) em dois momentos: os anos de 1938 e 2013. através do sistema de classificação e mapeamento foram identificadas 10 classes de ambientes costeiros, sendo: área úmida; corpo d’água; duna; manguezal; praia; costão; planície costeira; colina, morro e maciço. o ambiente costeiro mais representativo é a planície costeira, com destaque também para as classes colina e morro. as classes menos representativas são: costão rochoso, praia e duna. a urbanização sobre esses ambientes foi dividida conforme o nível de adensamento: urbanização difusa, urbanização descontínua e urbanização contínua. entre esses três níveis, predomina o difuso, seguido das áreas com urbanização descontínua e as áreas de urbanização contínua. além das áreas urbanizadas, foram mapeados os depósitos tecnogênicos, classificados em cinco tipos: estrada; aterro; solo exposto; agricultura e urbanização. as análises efetuadas por esta pesquisa com base num período de 75 anos revelaram que as feições de uso e cobertura da terra na área de estudo se modificaram à medida que as atividades agrícolas foram sendo substituídas por atividades voltadas à urbanização, comércio, turismo e serviços, sendo que no 1938 a agricultura ocupava uma área de 36,81% (154,13km2) e em 2013, se reduziu para apenas 0,32 % (1,33 km2) do território avaliado. pode-se concluir que o desenvolvimento das feições e padrões de uso e cobertura da terra no local foi orientado por uma transição entre as atividades rurais e urbanas, até a quase extinção da agricultura no ano de 2013 e com a ocupação urbana ocorrendo em todos os ambientes costeiros da área de estudo.