
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências Biológicas
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: MODULAÇÃO REDOX DE PEROXIRREDOXINAS E A PARTICIPAÇÃO DOS SISTEMAS DA GSH E DA TRX NA PROTEÇÃO/FUNÇÃO CELULAR
Orientador
- ALCIR LUIZ DAFRE
Aluno
- LUIZ FELIPE DE SOUZA
Conteúdo
Tióis celulares estão entre os principais alvos das espécies reativas de oxigênio (ero), portanto, estão no centro dos processos redox celulares. a oxidação de tióis proteicos pode levar à perda de função de enzimas, modulação de vias de sinalização e morte celular; assim, a manutenção do estado redox destes tióis é crucial para a homeostasia celular. os sistemas da glutationa (gsh) e da tiorredoxina (trx) são considerados os principais tampões redox celulares e são os principais sistemas envolvidos na manutenção do estado redox celular. a contínua reciclagem das formas oxidadas da gsh e trx pelas enzimas glutationa redutase (gr) e tiorredoxina retudase (trxr) é crucial para este processo, mantendo o contínuo fluxo de elétrons para peroxidases. a glutationa peroxidase (gpx) e as peroxirredoxinas (prx) estão entre as peroxidases mais eficientes. as prx são consideradas sensores de h2o2, participando de vias de sinalização redox, sendo o estado de oxidação de sua cisteína catalítica um marcador de estresse oxidativo. a perda da homeostasia redox tem sido correlacionada com diversas situações patológicas, como inflamação e câncer. dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a importância dos sistemas da gsh e trx na proteção de células contra oxidantes, além de estudar a modulação redox das prx durante a fagocitose em neutrófilos. no primeiro trabalho investigamos o efeito de 2-acetylamino-3-[4-(2-acetylamino-2- carboxyethylsulfanylthiocarbonylamino)phenylthiocarbamoylsulfanyl] propionic acid (2-aapa), um inibidor da gr, sobre parâmetros de viabilidade celular e balanço redox em células derivadas de glioblastoma humano a172. nossos dados demonstram que o 2-aapa, além de inibir a gr, também é um potente inibidor da trxr. a inibição dessas enzimas por 2-aapa diminuiu drasticamente a capacidade dessas células em metabolizar peróxidos orgânicos, deixando as células mais vulneráveis a este peróxido. 2-aapa apresentou um perfil de toxicidade tempo- e concentração-dependente. a oxidação da prx 1, prx2 e prx3 foi observada apenas na concentração tóxica de 100 ¿m, após 30 min de incubação. 2-aapa também causou uma severa disfunção mitocondrial, afetando o potencial de membrana e respiração acoplada a produção de atp. apresentamos evidências de que a oxidação de peroxirredoxinas e disfunção mitocondrial são eventos precoces na toxicidade de 2-aapa a células a172. coletivamente, esses dados reforçam a hipótese do papel central dos sistemas da gsh e trx na proteção de células a agentes oxidantes, e reforça a hipótese de que a inibição conjunta de gr e trxr pode ser uma estratégia interessante para o tratamento de câncer. no segundo trabalho, estudamos a modulação redox de prx durante o burst oxidativo em células pró-mielocíticas hl60 diferenciadas em neutrófilos. demonstramos que a diferenciação dessas células com dmso diminui a expressão da prx2 de uma maneira tempo dependente, mas não alterou os níveis de prx1, indicando um possível papel regulatório da prx2 na diferenciação dessas células por dmso. enquanto isso, a diferenciação com atra não alterou os níveis de prx2. a estimulação das células diferenciadas com forbol miristato acetato ou staphylococcus aureus induziu o burst oxiativo nas células diferenciadas, levando à oxidação da prx1 de uma maneira tempo-dependente. a oxidação da prx1 foi dependente da atividade da nadph oxidase, já que a sua inibição aboliu esse efeito. além disso, demonstramos que a inibição da nadph oxidase por diphenyleneiodonium chloride diminui a oxidação basal da prx1. por último, discutimos os resultados apresentados com dados obtidos em neutrófilos durante a minha estadia no center for free radical research da nova zelândia, sob orientação da christine winterbourn. mostramos que as prx estão completamente oxidadas em condições basais, um fenômeno nunca antes observado. assim, apresentamos dados relevantes que podem ter implicações importantes para a sinalização redox e, consequentemente, para a função de células inflamatórias. de modo geral, os dados apresentados ressaltam a importância da modulação do ambiente redox na função e morte celular.
Índice de Shannon: 3.96906
Índice de Gini: 0.934702
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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5,06% | 5,64% | 9,19% | 4,68% | 7,94% | 5,43% | 5,07% | 8,17% | 5,74% | 5,19% | 5,98% | 7,58% | 5,09% | 6,32% | 5,51% | 7,42% |
ODS Predominates


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