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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE O DECLÍNIO COGNITIVO E NÍVEIS REDUZIDOS DE PROTEÍNA-C REATIVA SÉRICA EM IDOSOS

Orientador
  • ELEONORA DORSI
Aluno
  • THAMARA HUBLER FIGUEIRO

Conteúdo

O envelhecimento relaciona-se a um estado de imunossenescência associado a inflamação de baixo grau que é relacionado a diversas doenças, dentre elas o declínio cognitivo. assim, conhecer o impacto do declínio cognitivo nos níveis de marcadores inflamatórios, como a proteína c-reativa (pcr), pode auxiliar na identificação do perfil inflamatório em um grupo específico de idosos. o presente estudo investigou a distribuição de pcr, a incidência de declínio cognitivo clinicamente significativo e a associação entre essas variáveis em pessoas de 60 anos ou mais residentes no município de florianópolis-sc. realizou-se um estudo longitudinal com 533 idosos participantes da pesquisa de base populacional denominada epifloripa idoso, utilizando-se dados avaliados na linha de base do estudo (2009/2010), no seguimento (2013/2014) e na etapa dos exames clínicos (2014/2015). a proteína c-reativa foi mensurada em 554 participantes permanecendo neste estudo apenas as pessoas com níveis menores e iguais a 10 mg/l. para avaliar a correlação com outras variáveis independentes a pcr foi transformada em seu logaritmo natural, e seus quartis foram utilizados para estimar a associação deste marcador infamatório com o declínio cognitivo. a perda de quatro pontos ou mais no mini-exame do estado mental (meem) entre a linha de base (2009-2010) e o seguimento do estudo (2013-2014) foi considerada como um declínio cognitivo clinicamente significativo. foram desenvolvidos dois modelos de regressão logística multinomial para estimar a associação do declínio cognitivo como a variável de exposição e os quartis de pcr como desfecho do estudo. observou-se que os 533 participantes possuíam em média 67,8 (dp=6,3) anos de idade e 8,6 (dp=5,8) anos de estudos. a incidência de declínio cognitivo clinicamente significativo entre a linha de base e o seguimento do estudo foi de 10,1%, com variação média de -6,39 (ic95%= -7,29;-5,48) pontos entre as duas avaliações. a mediana de pcr na amostra foi de 1,66 mg/l, com valores variando de 0,18 a 9,94 mg/l. o logaritmo natural de pcr apresentou correlação negativa com os escores do meem da primeira avaliação e com anos de estudo. quando avaliadas características dos participantes segundo os quartis de pcr observaram-se que a proporção de hipertensos foi maior conforme aumentaram os níveis de pcr (p para tendência= 0,047), enquanto o contrário ocorreu com a aterosclerose, com menores proporções em quartis mais elevados (p para tendência= 0,042). os valores médios do índice de massa corporal (p para tendência <0,001) e triglicerídeos (p para tendência= 0,001) foram maiores em níveis mais elevados deste marcador inflamatório. identificou-se que pessoas com declínio cognitivo eram em média mais velhos e apresentaram menos anos de estudo quando comparados com o grupo sem declínio cognitivo. pessoas com declínio cognitivo apresentavam um risco de 2,91 (ic95%= 1,25-6,76) vezes maior de permanecer no segundo quartil de pcr (0,84 a 1,66 mg/l) quando comparado a idosos que não sofreram declínio no primeiro quartil. após ajuste para fatores de risco cardiovascular, este risco passou para 3,08 (ic95%= 1,32-7,18) vezes neste mesmo quartil; não se observou associação nos demais quartis de pcr. os resultados sugerem que o declínio cognitivo clinicamente significativo está associado a um nível intermediário de pcr, representado neste estudo pelo segundo quartil de pcr. assim, é possível que os baixos níveis deste marcador inflamatório reflitam o processo de declínio cognitivo significativo e contínuo que ocorre previamente ao diagnóstico demencial, bem como uma possível redução do potencial inflamatório associado ao envelhecimento.

Índice de Shannon: 3.85397

Índice de Gini: 0.922618

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
9,09% 6,27% 15,09% 10,99% 4,46% 3,56% 5,00% 8,06% 3,52% 5,08% 4,82% 3,53% 4,63% 4,42% 5,86% 5,62%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

9,09%

ODS 2

6,27%

ODS 3

15,09%

ODS 4

10,99%

ODS 5

4,46%

ODS 6

3,56%

ODS 7

5,00%

ODS 8

8,06%

ODS 9

3,52%

ODS 10

5,08%

ODS 11

4,82%

ODS 12

3,53%

ODS 13

4,63%

ODS 14

4,42%

ODS 15

5,86%

ODS 16

5,62%