
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: CORPO DE BATALHA, CORPO DE LUTA: PROSTITUTAS ENTRE A LIBERAÇÃO DE COSTUMES E O ASSOCIATIVISMO (FORTALEZA 1970-1990).
Orientador
- JANINE GOMES DA SILVA
Aluno
- VALDERIZA ALMEIDA MENEZES
Conteúdo
Esta pesquisa buscou refletir historicamente sobre a prostituição na cidade de fortaleza-ceará entre os anos de 1970-1990. o período é reconhecido pela liberação sexual, grande divulgação de métodos contraceptivos medicalizados (como as pílulas anticoncepcionais, dispositivos intrauterinos e laqueadura de trompas), forte discussão acerca do controle de natalidade e, por fim, pelo surgimento da aids, aspectos que, segundo alguns discursos da época, fariam com que a atividade da prostituição entrasse em declínio. nesse sentido, o foco específico desta tese está nas representações acerca da atividade, bem como na relação das prostitutas com seus corpos e no que se refere a temas como o direito à cidade, ao trabalho, aos usos da contracepção, à prática do aborto e à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (que estariam em recrudescimento no período analisado) e aids. as principais fontes utilizadas para a discussão empreendida foram jornais de grande circulação na capital do ceará, documentos da bemfam (sociedade civil bem-estar familiar no brasil), entidade que atuava na distribuição de anticoncepcionais e, posteriormente, na conscientização contra a aids, bem como entrevistas realizadas com mulheres que trabalharam como prostitutas entre as décadas mencionadas. a pesquisa demonstrou que algumas vivências das prostitutas, assim como seus discursos, mais as aproximavam do que as afastavam de mulheres não prostitutas, ainda que a figura da puta continuasse a ser constantemente acionada como o oposto da mulher ideal na intenção de minorar uma pretensa liberação sexual. além disso, foi possível constatar que, mesmo exacerbando o preconceito já existente em relação à sua atividade, foi com o surgimento da aids que as prostitutas conquistaram espaços com a criação da associação das prostitutas do ceará (aproce) e que positivou-se o termo mulher pública. os documentos supracitados permitiram identificar aquiescências, recusas e adaptações das representações identificadas e também a visualização das prostitutas como pessoas detentoras de agência, que consideram suas demandas e visões de mundo, ainda que dentro de suas possibilidades. assim como a bibliografia com a qual se dialogou, negou-se a vitimização das mulheres que ofertavam serviços sexuais e recusou-se uma visão que valoriza agentes científicos de produção da verdade em detrimento das pessoas com suas concepções e subjetividades. buscou-se ouvi-las, nesse sentido, não apenas com a intenção de compreender aspectos materiais do passado, mas também como forma de contribuir para a atenuação de sua invisibilidade.
Índice de Shannon: 3.75876
Índice de Gini: 0.911107
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,88% | 5,77% | 7,77% | 3,43% | 19,03% | 3,86% | 3,17% | 6,34% | 5,89% | 3,35% | 12,07% | 5,41% | 3,22% | 4,89% | 3,21% | 8,71% |
ODS Predominates


3,88%

5,77%

7,77%

3,43%

19,03%

3,86%

3,17%

6,34%

5,89%

3,35%

12,07%

5,41%

3,22%

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3,21%

8,71%