O desenvolvimento e a utilização de um jogo digital para fins educacionais não são tarefas fáceis, mas são promissoras por permitirem que o aluno aprenda de maneira descontraída e divertida. diferentes áreas disciplinares apontam resultados positivos relativos a seu uso tanto para o ensino quanto para a aprendizagem. os jogos digitais são configurados com elementos verbais, visuais, desafios, feedbacks, metas, normas, sinais de entrada, sinais de saída, personagens, entre outros. para que cada um desses elementos tenha um significado positivo na aprendizagem do jogador aprendiz, propomos neste trabalho uma articulação teórica entre distintos estudos que consideram: o processamento da informação na arquitetura cognitiva humana, apontando estratégias de elaboração para um material instrucional que não sobrecarregue cognitivamente, podendo prejudicar a aprendizagem; potencialidades e recomendações sobre os objetos de visualização; princípios de aprendizagem identificados em jogos digitais e elementos do game design. construída a articulação teórica que permitiu identificar características facilitadoras da aprendizagem, fizemos uso da matriz de aprendizagem situada para desenhar uma proposta de um jogo digital educativo sobre ótica geométrica que contemplasse o diálogo entre os norteadores teóricos supracitados. no que tange ao conteúdo de física a ser abordado, tomamos como ponto de partida, pesquisas que apontam as dificuldades conceituais dos estudantes sobre formação de imagem real em lente convergente e adotamos as atividades e tarefas propostas, uma delas, para desenvolver o jogo e suas respectivas fases. na sua estrutura, procuramos respeitar o nível de conhecimento do jogador aprendiz, de modo que a progressão do conteúdo, assim como das fases, estivessem de acordo com as dificuldades e sucessos de cada um deles. esperamos que, refletir na concepção de um jogo digital educativo, de modo que seja concebido segundo pressupostos teóricos, facilite a aprendizagem e contribua com o ensino de física.