
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO NO PROCESSO DE QUARTERIZAÇÃO NO SETOR TÊXTIL-VESTUÁRIO EM BLUMENAU
Orientador
- BEATRIZ AUGUSTO DE PAIVA
Aluno
- CLAUDIA SOMBRIO FRONZA
Conteúdo
A pesquisa intitulada a exploração do trabalho no processo de quarteirização no setor têxtil-vestuário em blumenau visa investigar, demonstrar, refletir e questionar as condições e relações de trabalho decorrentes do processo de quarteiriação em tempos de capitalismo flexível. para realizar o estudo, utilizou-se como solo fértil a perspectiva crítico-dialética combinada aos recursos metodológicos da pesquisa teórica, documental e empírica. alguns autores se destacam na reflexão crítica do capitalismo, entre eles: marx, mandel, harvey, fernandes, marini, valencia, alves, antunes e druck. a quarteiriação, objeto de estudo desta tese, é apreendida como a relação de trabalho instituída entre os trabalhadores por conta própria, empreendedores, autonômos, com empresas terceirizadas prestadoras de serviços e intermediadoras dos processos de subcontratação da força de trabalho necessária a produção das grandes corporações econômicas. nessa pesquisa, os fenômenos da terceirização e da quarteiriação são compreendidos enquanto manifestações distintas, mas que se complementam na dinâmica de reprodução e acúmulo do capital, sob vigência da lei do valor, englobando a recorrente desregulamentação, flexibilização e supressão de direitos. no processo de reestruturação produtiva, a quarteirização torna-se parte constitutiva do modo de produção no setor têxtil-vestuário, revelando as novas e pretéritas formas de trabalho como tendências permanentes de recomposição das taxas de lucro, diante da ofensiva do capital no contexto das crises cícilicas. no trabalho quarterizado ocorre o avanço do processo de exploração considerando que: as relações são informais e não regulamentadas; não existe contrato de trabalho; os serviços prestados são convencionados com empresas terceirizadas; a jornada de trabalho semanal é superior a 44 horas; presencia-se a diminuição dos salários; vivencia-se a precarização do trabalho e de vida, as trabalhadoras não se encontram sindicalizadas; estão com os direitos trabalhistas e previdenciários negados. o retorno ao sistema de trabalho doméstico familiar, uma necessidade dessas mulheres devido a ausência de políticas integrais de educação e apoio ao cuidado e a subcontratação condição inevitável e presumível na conciliação das atividades de reprodução familiar e a eminente obrigação da venda da força de trabalho. conclui-se ao investigar o fenômeno da quarteiriação em blumenau que as transformações produtivas em curso no século xxi difundiram o trabalho precário e informal, reforçando as relações de superexploração da força de trabalho e revogando direitos. em tempos de capitalismo flexível verifica-se maior debilidade e o esfacelamento do processo organizativo da classe trabalhadora, abrindo espaço para o individualismo e para o domínio do capital sobre a produção e reprodução da vida.
Índice de Shannon: 3.17748
Índice de Gini: 0.808024
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,10% | 3,75% | 2,69% | 3,60% | 13,40% | 1,66% | 2,22% | 39,49% | 4,93% | 5,13% | 2,69% | 4,18% | 2,03% | 2,70% | 2,38% | 6,07% |
ODS Predominates


3,10%

3,75%

2,69%

3,60%

13,40%

1,66%

2,22%

39,49%

4,93%

5,13%

2,69%

4,18%

2,03%

2,70%

2,38%

6,07%