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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Dissertação

Título: “EU ABORTO, TU ABORTAS, SOMOS TODAS CLANDESTINAS” MÍDIA E ABORTO: UMA PERSPECTIVA DO FEMINISMO DECOLONIAL.

Orientador
  • LUCIANA PATRICIA ZUCCO
Aluno
  • FERNANDA MARCELA TORRENTES GOMES

Conteúdo

Esta dissertação discute sobre o aborto em dois veículos de comunicação: portal geledés e jornal folha de são paulo. a partir do feminismo decolonial, investigou-se a maneira como o tema é abordado pelas duas mídias, suas particularidades, aproximações e contrastes. considerou-se, ainda, a miríade de elementos e de entrelaçamentos de realidades projetadas nas notícias, e que contribuem para criar narrativas sobre a temática e identidades às mulheres envolvidas. para tanto, tomou-se como centralidade analítica os marcadores de raça, classe e gênero. um breve resgate histórico da teoria política feminista, do desenvolvimento das mídias e da construção das notícias jornalísticas situaram a discussão. a pesquisa teve como marco temporal o período em que o deputado marco feliciano esteve na presidência da comissão de direitos humanos e minorias (7 de março de 2013 a 26 de fevereiro de 2014), sendo os dados organizados mediante a análise de conteúdo. os principais resultados apontaram que o debate sobre o aborto no boletim geledés e na folha tem cor, protagonistas, posições políticas e um “olhar genderificado”. no geral, as matérias veiculam um conteúdo sobre pessoas “brancas”, havendo, mesmo no portal geledés, uma secundarização, quando não uma “ausência”, da realidade das mulheres não brancas, que são as mais vulneráveis pelos indicadores de saúde. de certo modo, há uma reatualização do “contra” e do “a favor”, com narrativas mais contundentes e a partir de outras estratégias, que não se limitam às dicotomias. estas revisitam os argumentos cristãos e científicos, este último figurando na folha como residual e situado no campo da saúde pública, sendo proferido por profissionais masculinos. se na folha essa polaridade se apresenta, em geledés, o discurso voltase para o campo dos direitos sexuais e reprodutivos, feito por mulheres militantes. considerou-se que a religiosidade cristã e a colonialidade do saber são elementos significativos no processo de construção de notícias relacionadas ao aborto, o que evidencia a maneira como o fenômeno é abordado em nosso contexto atual. aparentemente, os resultados apontam para a veiculação de conteúdos polarizados, no entanto, as imbricações e reproduções de valores instituídos estão nas notícias tanto de geledés quanto da folha, o que acaba por encobrir a complexidade do fenômeno do aborto em seus contextos brasileiro e latino-americano. em suma, as notícias carecem de situar as mulheres que habitam os discursos relacionados ao tema, não somente pela subjetividade dessas sujeitas, mas também pelas múltiplas dimensões do contexto que estas se inserem.

Índice de Shannon: 3.97356

Índice de Gini: 0.935098

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,84% 5,63% 7,56% 5,76% 7,62% 5,08% 5,73% 9,45% 6,68% 4,72% 7,10% 5,27% 5,24% 7,16% 4,94% 6,23%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

5,84%

ODS 2

5,63%

ODS 3

7,56%

ODS 4

5,76%

ODS 5

7,62%

ODS 6

5,08%

ODS 7

5,73%

ODS 8

9,45%

ODS 9

6,68%

ODS 10

4,72%

ODS 11

7,10%

ODS 12

5,27%

ODS 13

5,24%

ODS 14

7,16%

ODS 15

4,94%

ODS 16

6,23%