Introdução: a validação de definições de indicadores da classificação dos resultados de enfermagem vem sendo realizada, ainda de forma incipiente, com a finalidade de fortalecer a sua confiabilidade e minimizar as situações de dubiedade na escolha do indicador mais adequado frente às situações de saúde dos pacientes. objetivos: construir e validar a semântica e o conteúdo de definições constitutivas e operacionais para os indicadores mais prevalentes em uma unidade de terapia intensiva adulto, relacionadas com os resultados de enfermagem gravidade da infecção e controle de riscos: processo infeccioso. método: pesquisa metodológica desenvolvida entre março de 2019 e novembro de 2021, composta por três etapas. na primeira etapa, identificou-se a prevalência em uma unidade de terapia intensiva adulto, dos resultados de enfermagem e seus respectivos indicadores, selecionados a partir do diagnóstico de enfermagem risco de infecção. na segunda etapa, as definições constitutivas e operacionais dos indicadores, selecionados na etapa anterior, foram construídas a partir de revisão integrativa da literatura e pesquisas em bases de dados, e validadas semanticamente. a terceira etapa compreendeu a validação de conteúdo, por consenso de juízes especialistas. para a análise utilizou-se distribuição de frequências e análise por tabulação das variáveis, além do item-level content validity index (i-cvi), scale-level content validity índex based on the average method (scvi/ave) e inter-rater agreement (inc). resultados: 91,1% dos prontuários analisados possuíam o diagnóstico de enfermagem risco de infecção. os resultados de enfermagem gravidade da infecção, com os indicadores “instabilidade da temperatura”, “febre”, “escarro purulento”, “dor”, e controle de riscos: processo infeccioso, com os indicadores “identifica fatores de risco para infecção”, “utiliza precauções universais” e “identifica sinais e sintomas de infecção”, foram os mais prevalentes. foram construídas e validadas semanticamente as definições constitutivas e operacionais dos indicadores referenciados anteriormente, evidenciando que somente as definições constitutivas dos indicadores “utiliza precauções universais” e “identifica sinais e sintomas de infecção”, apresentaram valores de inc inferiores a 100%, porém com i-cvi máximo de 1,00 para ambas definições. quanto às definições operacionais, três definições, também dos indicadores do resultado controle de riscos: processo infeccioso, apresentaram valores de inc inferiores a 100%, com destaque para o indicador “identifica sinais e sintomas de infecção”, cujo i-cvi ficou em 0,94. para as definições operacionais dos indicadores do resultado controle de riscos: processo infeccioso observou-se uma concordância considerada quase perfeita. a validação de conteúdo das definições constitutivas dos indicadores do resultado gravidade da infecção apresentou s-cvi/ave de 1,00, indicando concordância perfeita. para as definições constitutivas dos indicadores do resultado controle de riscos: processo infeccioso obteve-se um s-cvi/ave de 0,96, representando concordância quase perfeita entre os juízes. quanto às definições operacionais, somente os indicadores “identifica fatores de risco para infecção” e “utiliza precauções universais” apresentaram valores de inc inferiores a 100%. após a realização das adequações necessárias, procedeu-se a validação por consenso de juízes. conclusão: o estudo demonstrou que as definições constitutivas e operacionais construídas, relacionadas com os resultados controle de riscos: processo infeccioso e gravidade da infecção são válidas quanto à semântica e conteúdo.