O presente estudo objetivou verificar se as instituições científicas, tecnológicas e de inovação públicas na região sul do país por meio de seus departamentos de recursos humanos e núcleos de inovação tecnológica (nits), preveem a possibilidade de afastamento de servidores para inovação, conforme a legislação vigente. foram avaliadas universidades federais e estaduais públicas da região sul do brasil. para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória baseada em artigos científicos, dissertações e teses relacionadas ao tema de estudo, disponíveis nas bases scopus e base de dissertações e teses da capes, respectivamente. além disso, foi aplicado por meio da plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação um questionário semiestruturado direcionado aos gestores de nits de 17 icts da região sul e realizada uma pesquisa documental da legislação e documentos normativos e políticas de inovação de 30 icts brasileiras. o problema da pesquisa encontrase na importância e necessidade de identificação da ocorrência de afastamentos de servidores para inovação nas icts, e se esse instituto ocorre de forma efetiva, conforme a legislação vigente. os resultados do estudo demonstram um conjunto de universidades bastante empenhada no ensino, pesquisa e extensão, porém ainda em desenvolvimento no âmbito das novas possibilidades de inovação, com indicadores ainda inexpressivos, a despeito do potencial de inovação que pode ser alcançado por meio do envio ao ambiente externo de servidores para inovação, via afastamento temporário. considerando as políticas de inovação pesquisadas da região sul, foi identificado que 60% das icts possuem a política atualizada e estão em acompanhamento com as legislações mais recentes e 40% possuem a política de inovação desatualizada em relação a legislação vigente. a maior parte das políticas de inovação das icts pesquisadas, 35,8% são universidades federais, 28,6%, são qualificados como institutos federais públicos de educação, 21,4% estão qualificadas como universidades estaduais públicas, as demais 14,2% são empresas públicas e fundações. a análise dos dados mostra que a implantação de políticas de inovação nas icts da região sul ocorreu em diferentes anos, onde 47% implantaram suas políticas de inovação posterior a 2018, 18% implantaram entre 2014 e 2018 e as demais, 35% são anteriores a 2014 ou não possuem política de inovação implantada. os resultados mostraram que na região sul do brasil 88% das icts têm seus nits constituídos há mais de 5 anos e 12% há menos de 5 anos. em relação a previsão de cursos em sua política de inovação, 48% informaram possuir e 52% informaram não possuir esse atributo. o número de servidos de nits entre as diferentes icts variou de 1 a 25 com um número médio de 6,2, 7,4 e 8,4 servidores nos estados do paraná, santa catarina e rio grande do sul, respectivamente. a pesquisa mostrou que 35% das icts têm regulamentação para afastamento de servidores para inovação inserida na política de inovação e 65% não tem. foi identificado que 6% das icts pesquisadas tem algum servidor afastado para inovação, sendo que 29% das icts pesquisadas possuem termos e procedimentos para afastamento de servidores para atuarem em inovação inserido em suas políticas de inovação. os resultados permitem concluir que as icts avaliadas precisam aprimorar suas políticas institucionais de inovação para atender a legislação vigente no que diz respeito a possibilidade de afastamento de servidores para inovação.