
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: AÇÃO ANTITUMORAL DAS LECTINAS DRFL I E CONBR VIA ATIVAÇÃO DE CASPASES E AUTOFAGIA: POTENCIAL APLICAÇÃO EM ESTUDOS E TERAPIA DE GLIOMAS
Orientador
- RODRIGO BAINY LEAL
Aluno
- INGRID ALESSANDRA VICTORIA WOLIN
Conteúdo
O glioblastoma multiforme (gbm) é o tipo de glioma mais agressivo. as células de gbm caracterizam-se por apresentarem habilidade de autorenovação e características de células indiferenciadas, conjuntamente com habilidades de ativação de mecanismos de resistência a temozolomida (tmz quimioterápico de escolha frente ao gbm) e a radioterapia. o padrão de glicosilação atípico das células tumorais promove ativação de vias de sinalização envolvidas na migração, invasão e proliferação celular. essas características do tumor, associada à limitada eficiência dos quimioterápicos disponíveis e seus efeitos colateriais, fazem que o prognóstico clínico do gbm seja desfavorável. as lectinas são proteínas que reconhecem e ligam-se reversivelmente a glicanos específicos da superfície celular apresentando inúmeros efeitos biológicos. nos últimos anos houve um aumento nos estudos de lectinas obtidas de plantas, com destaque nas propriedades antitumorais. o objetivo desse trabalho foi demonstrar a capacidade antitumoral das lectinas isoladas de sementes de leguminosas dioclea reflexa (drfl i) e canavalia brasiliensis (conbr) sobre culturas celulares de glioma. nossos resultados demostraram que ambas lectinas induziram alterações morfológicas e efeitos citotóxicos sobre culturas de células de glioma das linhagens c6, u-87 mg e gbm1. a ação das lectinas foi dependente da interação com glicanos, sendo o efeito citotóxico aparentemente seletivo para as células tumorais, não alterando a viabilidade e morfologia de astrócitos mantidos em cultura primária. drfl i e conbr causaram inibição da migração, adesão, proliferação e sobrevivência das células tumorais, sendo estes efeitos acompanhados da ativação das mapks (p38 e jnk (p46/54)), juntamente com inibição de akt, mtorc1 e a mapk (erk1/2). o processo de autofagia foi ativado nas células de gbm, destacado pelo aumento do número de organelas vesiculares ácidas e clivagem da lc3 (cadeia leve 3 da proteína 1 associada a microtúbulos, um marcador de carga do autofagossomo). o inibidor autofágico, 3-methyl-adenine (3-ma), inibiu parcialmente o efeito citotóxico das lectinas. notavelmente, os inibidores de caspase-8 (ietf-fmk) e jnk (sp600125) conseguiram atenuar a morte celular nas células de gbm tratadas com as lectinas. o tratamento combinado das lectinas com tmz não promoveu incremento da ação antitumoral quando comparado aos tratamentos individuais. da mesma forma não acarretaram efeitos aditivos ou sinérgicos sobre a sinalização de mapks e akt. em síntese, os nossos resultados indicam que as lectinas requerem um domínio de ligação à carboidratos para exercer sua ação antiglioma; a citotoxicidade destas proteínas parece estar associada à ativação do processo de autofagia e ser dependente da ativação de caspase-8. além disso, pode envolver de forma complexa a modulação das vias de mapks e akt/mtorc1.
Índice de Shannon: 3.94183
Índice de Gini: 0.931237
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,57% | 4,76% | 13,44% | 5,17% | 5,86% | 5,79% | 5,78% | 6,75% | 5,97% | 7,09% | 6,73% | 5,07% | 5,67% | 6,20% | 5,21% | 5,93% |
ODS Predominates


4,57%

4,76%

13,44%

5,17%

5,86%

5,79%

5,78%

6,75%

5,97%

7,09%

6,73%

5,07%

5,67%

6,20%

5,21%

5,93%