Os ímãs de terras raras (itrs), em especial o nd-fe-b, são relevantes na mudança para uma matriz energética de baixo carbono, pois estão presentes em tecnologias modernas e de energia verde, tais como turbinas eólicas e motores elétricos. no entanto, os elementos de terras raras são considerados materiais críticos, apresentando elevado risco de ruptura no fornecimento. ainda, a mineração desses elementos e a subsequente produção dos ímãs de nd-fe-b apresentam elevados níveis de consumo de água e energia e uso intenso de produtos químicos. deste modo, a adoção da economia circular na indústria de itrs é vista como uma estratégia para garantir o fornecimento desses elementos e contribuir com a redução dos impactos ambientais. neste contexto, este estudo analisa as principais barreiras e facilitadores à adoção da economia circular pelas cadeias nacionais de valor e suprimentos de ímãs de nd-fe-b. para tanto, elaborou-se um quadro conceitual com as principais barreiras e facilitadores citados pela literatura. posteriormente, as barreiras e os facilitadores foram avaliados por especialistas, os quais indicaram as barreiras e o facilitadores mais relevantes à indústria de itrs no contexto nacional. ainda, a avaliação da correlação entre barreiras e facilitadores foi realizada a partir do teste de correlação kendall tau. os resultados deste estudo indicam três barreiras principais: i) rentabilidade financeira de longo prazo, ii) defasagem nas leis e regulamentos e iii) cultura empresarial. com relação aos facilitadores, destacam-se: i) melhoria na vantagem competitiva e ii) apoio governamental. ainda, o teste estatístico de kendall indicou correlações fortes entre nove pares de barreiras e/ou facilitadores. por exemplo, a barreira “fraca puplicidade, conhecimento e consciência da ec” (b15) reforça as barreiras “falta de incentivos econômicos e apoio financeiro” (b3), “fraca transparência da cadeia de suprimentos” (b14) e “comportamento do consumidor” (b16). o governo e as empresas, portanto, podem se beneficiar deste estudo ao reconhecer e compreender a potencialidade das barreiras e dos facilitadores de modo a implementar com sucesso as estratégias circulares na cadeia nacional de ímãs de nd-fe-b.