Responsive image
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: REVELANDO AS PRÁTICAS DE LIDERANÇA DO ENFERMEIRO NO COMPLEXO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE FLORIANÓPOLIS 2013

Orientador
  • BETINA HORNER SCHLINDWEIN MEIRELLES
Aluno
  • GABRIELA MARCELLINO DE MELO LANZONI

Conteúdo

O presente estudo teve como objetivo compreender o significado da liderança exercida pelos enfermeiros inseridos nos serviços de atenção básica à saúde (abs) do município de florianópolis (sc), elaborando um modelo teórico. utilizou-se o pensamento complexo de edgar morin como referencial teórico, cuja perspectiva oportunizou a compreensão do fenômeno de forma reflexiva, contextualizada e dialógica. trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem teórico-descritiva, a qual foi conduzida pela teoria fundamentada nos dados (tfd). o cenário da pesquisa foi a secretaria municipal de saúde de florianópolis (sc). no que concerne a abs, o município possui 50 unidades básicas de saúde, distribuídas em cinco distritos sanitários. a coleta de dados ocorreu de setembro de 2011 a junho de 2012. a seleção dos participantes foi intencional, por amostragem teórica e apoiada nos seguintes critérios de inclusão: (1) ser enfermeiro da secretaria municipal de saúde por no mínimo dois anos e ter atuado na equipe saúde da família, ou coordenação da unidade básica de saúde ou em cargo administrativo junto ao nível gerencial; (2) ser enfermeiro com expertise nos temas “liderança em enfermagem” e “atenção básica à saúde” bem como atuar em instituições de ensino superior. o primeiro grupo amostral foi formado por seis enfermeiros de equipe saúde da família. o segundo grupo por sete enfermeiros coordenadores das unidades básicas de saúde. o terceiro grupo por dez enfermeiros gerentes ou diretores do nível central da sms e, para o quarto grupo, foram selecionados sete enfermeiros com expertise nos temas “liderança em enfermagem” e “atenção básica à saúde”. no total, trinta enfermeiros foram entrevistados e distribuídos em grupos amostrais. a coleta de dados foi realizada com entrevista individual, semiestruturada, cuja questão inicial foi: fale-me como você compreende e exerce sua de liderança na abs. o encaminhamento das demais questões foi direcionado pelas pesquisadoras a partir das respostas dos participantes. as entrevistas foram áudio-gravadas e posteriormente transcritas na íntegra. a análise dos dados ocorreu de forma concomitante com a coleta dos dados, por codificação aberta, axial e seletiva. o fenômeno revelando as práticas de liderança do enfermeiro no complexo contexto da atenção básica à saúde, fundamentado na integração de nove categorias e vinte e uma subcategorias, foi distribuído em componentes do modelo paradigmático. a liderança exercida pelo enfermeiro ocorre no complexo contexto da atenção básica à saúde, de acordo com a necessidade de profissionais qualificados e contradições evidenciadas pela rede de relações e interações da gestão pública em saúde. a atenção básica à saúde é considerada complexa, pois articula de forma ativa as múltiplas necessidades dos usuários. interconecta e também coordena os programas de saúde e os diversos níveis de atenção a partir do trabalho multiprofissional bem como suas fragmentações, descontinuidades e relações político-partidárias. o movimento desses elementos intimamente interligados oportuniza a auto-organização, incentivada pela liderança dos enfermeiros. dentre as causas identificadas para a liderança do enfermeiro, foi evidenciado um conjunto de elementos vinculados à personalidade, ao estímulo da formação e do espaço universitário, às características próprias da profissão, evidenciadas pelo trabalho em equipe e à influência do ambiente. foram apontados como elementos intervenientes com repercussão positiva a experiência profissional prévia, a vivência na comunidade e a confiança estabelecida entre os profissionais e usuários. as limitações nas condições de trabalho, a formação profissional para atuação na abs e o emprego da supervisão tradicional foram os elementos negativamente relacionados ao exercício de liderança do enfermeiro. como estratégias utilizadas, os enfermeiros buscam o apoio do gestor e, a partir do planejamento, organizam ações de forma conjunta com a equipe, para oportunizar e estimular a participação dos demais profissionais. recorrem ao diálogo como instrumento que confere dinamicidade às interrelações entre o enfermeiro, equipe e comunidade, a fim de lidar com os conflitos. o aperfeiçoamento das aptições individuais foi potencializado com a formação complementar, tanto por pós-graduação latu senso quanto stricto senso. a forma como o enfermeiro se insere na equipe e permite a auto-organização do grupo, a partir do movimento conflito-mediação-nova ação, direciona o grupo a alcançar as metas estabelecidas e a satisfação no trabalho. verifica-se como consequência o estímulo da liderança em contraposição ao individualismo, como um caminho para ampliação da autonomia e da visibilidade para profissão. estimular a liderança nos demais membros da equipe de saúde apresenta-se como uma característica do enfermeiro, que está intensamente relacionada com as políticas de saúde, pois contribuem para incentivar a atuação participativa e integrada dos trabalhadores. vislumbra-se uma organização de enfermeiros sensíveis com as causas profissionais e com as questões da abs para a realização de cursos, capacitações e associações com foco no desenvolvimento de lideranças desde os estudantes de graduação até os profissionais já inseridos no campo de trabalho. aponta-se que tanto a compreensão das responsabilidades pelos enfermeiros, enquanto profissionais da saúde atuantes em um contexto complexo, como a luta pela continuidade das ações em saúde e das equipes de trabalho são atitudes que tendem a superar as dificuldades apresentadas na abs. indica-se como necessidade o resgate da atuação do enfermeiro da abs como cuidador, visando à manutenção de suas contribuições na equipe de saúde para fortelecer a complementariedade do binômio líder-cuidador, os quais, neste estudo, são elementos interdependentes. por fim, defende-se que as relações/interações/associações estabelecidas pelo enfermeiro no exercício da liderança são recursos no processo de cuidar do ser humano, de gerenciar pessoas e busca orientar o aprimoramento de competências nos demais profissionais, a fim de desenvolver, com uma equipe de líderes, a organização do trabalho em saúde no complexo contexto da atenção básica.

Índice de Shannon: 0.685272

Índice de Gini: 0.151699

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,34% 0,26% 92,07% 1,04% 1,11% 0,24% 0,20% 0,89% 0,39% 0,60% 0,48% 0,27% 0,30% 0,24% 0,24% 1,33%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

0,34%

ODS 2

0,26%

ODS 3

92,07%

ODS 4

1,04%

ODS 5

1,11%

ODS 6

0,24%

ODS 7

0,20%

ODS 8

0,89%

ODS 9

0,39%

ODS 10

0,60%

ODS 11

0,48%

ODS 12

0,27%

ODS 13

0,30%

ODS 14

0,24%

ODS 15

0,24%

ODS 16

1,33%