Osteossarcoma é um câncer ósseo considerado raro em humanos, mas comum em cães. cães e seres humanos compartilham fatores de homologia genética e riscos ambientais. melhorar o tratamento do osteossarcoma em cães pode ser relevante também para melhorar os procedimentos em humanos. os tratamentos tradicionais do osteossarcoma envolvem cirurgia e quimioterapia. tais tratamentos são geralmente agressivos e não são possíveis para muitos pacientes. a eletroquimioterapia surge como uma alternativa de tratamento minimamente invasiva, eficaz e segura. a eletroquimioterapia combina aplicações de campos elétricos de alta intensidade durante curtos períodos com medicamentos anticâncer para melhorar a citotoxicidade do medicamento. analisar a distribuição do campo elétrico, bem como a densidade da corrente elétrica, são essenciais para o sucesso da eletroquimioterapia. este trabalho utilizou como estudo o tratamento por eletroquimioterapia in vivo em um caso de cachorro com osteossarcoma ósseo craniano, para tanto, foram realizados estudos in silico com software de método de elementos finitos para observar a eficiência da distribuição do campo elétrico pelos tecidos e níveis seguros de densidade de corrente elétrica. os experimentos in silico ajudam a verificar as possibilidades e limitações do tratamento da destruição óssea e infiltrações de macro ou micro tumor ao redor da massa primária do tumor. os resultados comparam a eficiência dos eletrodos de agulhas e placas, e analisam a viabilidade na remoção do tumor mesmo com invasão óssea. eletrodos de placa têm bom desempenho no tratamento de microinfiltrações quando associados a gel condutor e contato direto entre eletrodo e osso (sem tecidos moles). os eletrodos de agulha são eficazes no tratamento de infiltrações de tumores no osso cortical externo. são necessárias várias aplicações para cobrir todas as camadas do crânio com intensidade de campo elétrico suficiente. nem eletrodos de agulhas nem de placas resultam em densidade de corrente elétrica suficiente capaz de afetar o tecido cerebral, mesmo com invasão óssea, quando aplicado o campo elétrico recomendado.