Com o constante crescimento dos centros urbanos, em muitos casos, a vegetação é negligenciada e o aumento da temperatura das cidades é um problema cada vez mais comum para planejadores do espaço urbano, que devem pensar tanto na cidade como um todo, quanto em seu principal usuário, o pedestre. a pesquisa é desenvolvida a partir de simulações com o software envi-met, buscando entender os efeitos do sombreamento propiciado tanto pela vegetação quanto por elementos opacos ao nível do pedestre, avaliando a temperatura radiante média e o índice de conforto térmico pet (physiological equivalent temperature). o estudo aplica-se em uma área urbana, com um fluxo intenso de pedestres, que se localiza na cidade de florianópolis, com clima classificado como cfa. a área possui proximidade com terminais de ônibus e se caracteriza por edificações públicas e comerciais. o espaço foi modelado digitalmente, gerando mais três variações do modelo original. a primeira variação é adicionada vegetação arbórea em todas as vias da área, a segunda variação, essa vegetação é substituída por um elemento opaco da mesma proporção e na última variação, toda a vegetação existente no modelo original é retirada. foram analisados dois dias típicos, sendo um em janeiro, caracterizado por temperaturas mais altas, e o outro em julho, com temperaturas mais amenas, em três horários do dia, iniciando às nove horas da manhã, com intervalo de três horas cada. todos os modelos são comparados entre si e os resultados mostraram que tanto o sombreamento proporcionado por árvores, quanto por elementos opacos apresentam-se como boas alternativas para a diminuição da tmrt e melhores níveis de conforto avaliados pelo índice pet. o modelo com elementos de sombreamento opacos demonstrou um resultado positivo logo abaixo de sua projeção de inserção, enquanto a inserção de vegetação arbórea mostrou um resultado positivo menos intenso, porém mais abrangente. a supressão de toda a vegetação causou uma piora em relação ao modelo original. os resultados apresentam a importância de simulações de cenários urbanos para gestores e planejadores e podem corroborar com a elaboração de políticas públicas com foco na mitigação dos efeitos do aquecimento urbano e preservação de espaços verdes urbanos.