
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: DISFUNÇÃO CARDÍACA DURANTE A SEPSE: DA FASE AGUDA À SOBREVIVÊNCIA
Orientador
- JOSE EDUARDO DA SILVA SANTOS
Aluno
- THIAGO CORREA
Conteúdo
A sepse é uma doença com elevadas taxas de morbidades e mortalidade, decorrentes de um processo infeccioso responsável por promover uma resposta inflamatória sistêmica não compensada, a qual contribui para a instalação de déficits funcionais em diversos sistemas orgânicos. entre as disfunções provocadas pela sepse destacam-se as insuficiências cardíacas do tipo sistólica e diastólica. apesar da severidade desta doença muitos pacientes sobrevivem, se recuperam e alcançam a alta hospitalar. entretanto, os sobreviventes à sepse, apresentam aumento substancial das necessidades de saúde, sendo os eventos cardiovasculares uma causa importante para o aumento da mortalidade e re-hospitalização. embora tenha se o entendimento sobre os impactos da doença em longo prazo, poucas publicações abordam o tema, sobreviventes à sepse. sendo assim, este trabalho tem como objetivo descrever as principais alterações cardíacas decorrentes da sepse, induzida pelo modelo de ligadura e perfuração do ceco, em animais sobreviventes. para isso, foram utilizados ratos wistar, submetidos à clp, nos tempos de 6 e 24 horas (considerada a fase aguda), 72 horas e 15 dias (considerada a fase de aparente recuperação) e 30 dias (considerados sobreviventes à sepse), onde foram avaliados os parâmetros cardíacos através da técnica de cateterismo cardíaco intraventricular e coração isolado. além das avaliações dos parâmetros basais, também foram avaliadas as respostas cardíacas aos agentes fenilefrina e dobutamina, e as alterações presentes entre as espécies reativas de oxigênio. na fase aguda os animais clp apresentaram hipotensão arterial, elevada pontuação no score para sepse e disfunção cardíaca do tipo sistólica, caracterizada pela redução do débito cardíaco (17.4 ± 7.5 e 31.6 ± 6.3 ml/min grupo clp 6 h e controle, respectivamente e 12.4 ± 3.4 e 30.4 ± 4.4 ml/min grupo clp 24 h e controle, respectivamente), do volume sistólico (54.1 ± 18.1 e 117.4 ± 19.7 ¿l grupo clp 6 h e controle, respectivamente e 44.8 ± 16.4 e 94.8 ± 6.4 ¿l grupo clp 24 h e controle, respectivamente) e do trabalho sistólico (4189.5 ± 1603.5 e 9056.4 ± 1295.3 mmhg*¿l grupo clp 6 h e controle, respectivamente e 2560.8 ± 1001.7 mmhg*¿l e ± grupo clp 24 h e controle, respectivamente). nas 72 horas e 15 dias após a indução à sepse os animais clp tem seus parâmetros cardíacos basais indiferentes aos grupos controle, indicando uma recuperação. 30 dias após a clp, os sobreviventes, voltaram a apresenta insuficiência cardíaca do tipo sistólica, com diminuição do débito cardíaco (20,8 ± 5,0 e 38,5 ± 4,1 ml/min grupo clp 30 d e controle, respectivamente), do volume sistólico (189,3 ± 7,7 e 226,6 ± 12,0 ¿l grupo clp 30 d e controle, respectivamente), da fração de ejeção (37,1 ± 4,6 e 60,8 ± 2,0% grupo clp 30 d e controle, respectivamente) e do trabalho sistólico (6481 ± 1252 e 10551 ± 735,6 mmhg*¿l grupo clp 30 d e controle, respectivamente) e também, do tipo diastólica caracterizada pelo aumento da pressão diastólica final (14.5 ± 8.2 e 2.8 ± 5.0 mmhg grupo clp 30 d e controle, respectivamente) e do tau (14,0 ± 0,6 e 9,2 ± 0,8 g;ms grupo clp 30 d e controle, respectivamente). além das disfunções cardíacas observou-se um desequilíbrio entre os agentes antioxidantes e oxidativos nos sobreviventes à sepse, representados pela redução das atividades de sod e gst (64% e 23%, respectivamente) e aumento significativo nos níveis de gsh, mpo e nag (54%, 400% e 50%, respectivamente). uma redução na resposta à dobutamina também foi encontrada. apresentamos resultados inéditos acerca dos efeitos da sepse a longo prazo, ou seja, nos sobreviventes, onde observamos que as disfunções cardíacas reaparecem. esses dados poderão colaborar para pesquisas posteriores, com foco na prevenção e melhora da função cardíaca, e, assim, proporcionar uma melhor qualidade de vida aos sobreviventes.
Índice de Shannon: 3.79981
Índice de Gini: 0.911581
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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5,11% | 4,78% | 21,36% | 4,83% | 5,10% | 4,19% | 4,29% | 7,40% | 6,09% | 5,08% | 6,01% | 4,94% | 3,92% | 7,00% | 3,94% | 5,95% |
ODS Predominates


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4,78%

21,36%

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4,19%

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