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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Agrárias

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: PIGS ARE OK, WHY CHANGE? - VOICES OF PIG PRODUCTION STAKEHOLDERS IN RELATION TO ANIMAL WELFARE AND ANTIBIOTICS USE.

Orientador
  • MARIA JOSE HOTZEL
Aluno
  • RITA DE ALBERNAZ GONCALVES DA SILVA

Conteúdo

Os sistemas de criação intensiva de suínos são fontes de estresse relacionadas com a redução do bem-estar animal e levam ao uso abusivo de antimicrobianos. evidências científicas associam o uso de antibióticos (amu) na pecuária intensiva como fator de risco para disseminação de resistência antimicrobiana (amr) à população humana. o objetivo desta tese foi explorar os conhecimentos e atitudes dos atores da cadeia produtiva de suínos sobre bemestar animal sobre amu e amr. no primeiro capítulo realizamos 58 entrevistas com suinocultores a fim de caracterizar amu nas granjas de suínos e explorar as atitudes dos produtores sobre cenários restritivos de antibióticos e amr. os resultados deste estudo mostraram uma dependência dos antibióticos como ferramentas de prevenção de doenças, em detrimento da adoção de medidas de biossegurança. identificamos práticas inapropriadas de amu, como alto uso de antibióticos de amplo espectro e dosagem ou duração do tratamento incorretas, além de acesso irrestrito a antibióticos. contudo, a maioria dos produtores considerou este amu legítimo para garantir a produtividade do rebanho e mostrou despreparo e resistência à mudança em suas práticas, percebendo limitações (econômicas, sanitárias e fiscalizadoras) mais facilmente do que alternativas para reduzir o amu. no segundo capítulo analisamos 44 entrevistas com os mesmos suinocultores, abordando o bem-estar dos suínos e sua relação com a amu. identificamos muitos indicadores de manejo e baixo bem-estar animal, como práticas de manejo dolorosas e estressantes e ambientes que limitam a expressão de comportamentos naturais. no entanto, a maioria dos entrevistados estava satisfeita com os padrões de bem-estar animal em suas propriedades. embora tenham identificado todas as dimensões que impactam o bem-estar de um suíno na granja (funcionamento biológico, estado emocional e naturalidade), sua realidade social, demandas da indústria e assessoria técnica disponíveis os levaram a perceber seu âmbito de ação limitado aos aspectos biológicos e ambientais que não necessariamente beneficiam o estado afetivo da animais. no terceiro capítulo exploramos os conhecimentos e as atitudes de 32 profissionais da cadeia produtiva animal sobre a amu, amr e sua relação com o bem-estar animal. embora a maioria dos profissionais acreditava que a amu era inadequada em fazendas de suínos, suas atitudes foram majoritarimente negativas para um cenário restritivo de amu. os antibióticos foram descritos como um recurso preventivo aceitável frente às condições insatisfatórias de manejo e biosseguridade das granjas e essencial para a produção de alimentos baratos. o mercado externo foi considerado um fator de mudança mais relevante na amu do que os riscos da amr para as pessoas ou a pressão dos consumidores brasileiros, visto que a amr foi mais associada ao uso inadequado de antibióticos saúde humana. de forma geral os resultados dos três estudos evidenciam uma estrutura alicerçada com base nos antibióticos, com pilares sociais, econômicos e sanitários. identificamos relações de emprego e renda no amu que levam a baixa motivação ou autonomia para mudanças de comportamento em relação a amu em suínos. a visão limitada de que o bem-estar animal faz parte de um pacote tecnológico foi compartilhada entre os grupos participantes de todos os estudos. acreditamos que a responsabilidade pelo uso racional de antibióticos é coletiva e requer políticas coletivas multidisciplinares, definidas de forma clara e uníssona e que conduzam a ações concretas de combate à amr no brasil.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.9422

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,73% 11,52% 9,23% 3,86% 4,69% 5,30% 4,61% 6,08% 5,89% 6,28% 4,96% 6,74% 4,72% 7,69% 6,34% 6,37%
ODS Predominates
ODS 2
ODS 1

5,73%

ODS 2

11,52%

ODS 3

9,23%

ODS 4

3,86%

ODS 5

4,69%

ODS 6

5,30%

ODS 7

4,61%

ODS 8

6,08%

ODS 9

5,89%

ODS 10

6,28%

ODS 11

4,96%

ODS 12

6,74%

ODS 13

4,72%

ODS 14

7,69%

ODS 15

6,34%

ODS 16

6,37%