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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: SER MULHER NO MUNDO DO TRABALHO: AS IMPLICAÇÕES DAS DECISÕES DA JUSTIÇA DO TRABALHO NA VIDA DE GESTANTES

Orientador
  • RODRIGO OTAVIO MORETTI PIRES
Aluno
  • BARBARA DE OLIVEIRA TURATTI

Conteúdo

Introdução – o controle da mulher sobre o próprio corpo ganhou destaque com a expansão da sua participação no mercado profissional, bem como com a maior liberalização dos costumes, provocando assim, a transformação dos domínios anteriormente masculinos, sobretudo nos locais de trabalho. todavia, a referida inserção e permanência ocorreram de maneira instável, impregnada de estereótipos, que resultam, por vezes, em remunerações diferenciadas e atitudes assediadoras, sobretudo no período gestacional. objetivo - o objetivo geral deste trabalho foi compreender o processo de tornar-se mulher e gestante no mundo do trabalho no brasil contemporâneo. método - esta foi uma pesquisa exploratória, descritiva, de natureza qualitativa que utilizou a internet para buscar e traçar o perfil nacional dos casos de mulheres em período gestacional que tiveram seus processos trabalhistas julgados pelos tribunais regionais do trabalho do brasil no ano de 2014. a escolha pelo estado de santa catarina para realização da análise mais detalhada dos processos e seus discursos, ocorreu por dois fatores principais: possuir a maior proporção do país de mulheres ocupadas em vínculo formal (74,7%) e protegidas pelas leis trabalhistas; apresentar aproximadamente 37 vezes mais sentenças indeferidas para a mulher do que a média nacional. após a leitura e seleção dos discursos identificou-se três grupos principais de categorias: questões trabalhistas; exclusão dos corpos femininos no mundo do trabalho; e consequências para a saúde do binômio mãe-filho. buscou-se evidenciar os trechos de acordo com o referencial teórico escolhido, qual seja a performatividade feminina agudizada enquanto gestante, como porta para a violência no mundo do trabalho, à luz do referencial teórico da judith butler. resultados - a maior parte dos 5.238 processos encontrados foram abertos por mulheres residentes do estado de são paulo (capital + interior) correspondendo à 26,2% do total no país, seguido pelo rio grande do sul com 20,1% e minas gerais 11,3%. com relação a solicitação que originou a abertura do processo trabalhista por parte da mulher, identificou-se quatro grupos principais: 1) indenização em virtude de algum relato de dano moral sofrido no ambiente de trabalho; 2) solicitação da reintegração ao trabalho quando ocorreu a demissão anterior à descoberta da gestação; 3) recebimento das verbas rescisórias, ou seja, dos valores dos vencimentos e das verbas que não foram recebidas após a demissão dita “com justa causa” e posterior a notificação da gestação; 4) pedido de indenização decorrente da despedida da trabalhadora indevida e “sem justa causa” durante o período resguardado por lei e após a notificação da gestação. a presença de chefia do sexo feminino está evidenciada nos processos que configuram solicitações de indenizações, ou seja, representam maior gravidade e complexidade do que os demais que normalmente relacionam-se estritamente com questões trabalhistas e financeiras. conclusão - o cenário altamente preconceituoso retratado aqui, traduz a marca fundamental da cultura que se conhece: o patriarcado. depreende-se assim que as mulheres são forçadas a performar-se como homens para conquistarem coisas e espaços no universo masculino do trabalho.

Índice de Shannon: 2.66396

Índice de Gini: 0.68339

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,08% 2,56% 3,76% 2,08% 54,47% 1,50% 1,78% 9,77% 2,24% 3,38% 1,82% 1,55% 1,92% 1,92% 3,31% 4,87%
ODS Predominates
ODS 5
ODS 1

3,08%

ODS 2

2,56%

ODS 3

3,76%

ODS 4

2,08%

ODS 5

54,47%

ODS 6

1,50%

ODS 7

1,78%

ODS 8

9,77%

ODS 9

2,24%

ODS 10

3,38%

ODS 11

1,82%

ODS 12

1,55%

ODS 13

1,92%

ODS 14

1,92%

ODS 15

3,31%

ODS 16

4,87%