Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Dissertação
Título: REVISITANDO A TEORIA DA JUSTIÇA DE NANCY FRASER: VELHAS E NOVAS QUESTÕES
Orientador
- ALESSANDRO PINZANI
Aluno
- PEDRO PAULO SCREMIN MARTINS
Conteúdo
Nancy fraser é filósofa, professora de filosofia e política, destacando-se, nas últimas décadas, enquanto pensadora no âmbito da teoria crítica contemporânea, com importante influência nos movimentos sociais, particularmente no movimento feminista. nesse contexto, revisitar sua teoria da justiça bidimensional/tridimensional, a fim de compreender e elucidar seus principais conceitos e influências teóricas da fundamentação desse modelo na teoria social, filosofia moral e teoria/prática política, transformou-se no objetivo dessa pesquisa. sua apresentação está dividida em quatro capítulos. primeiramente, apresenta-se o método teórico-crítico de encaminhamento das questões de justiça social, caracterizado pela dialética imanência-transcendência, através da qual busca-se identificar as potencialidades emancipatórias na própria realidade. orientada pelo diagnóstico de época, no qual lutas por reconhecimento e redistribuição estão aparentemente separadas, fraser defende a tese de que a justiça social requer tanto redistribuição quanto reconhecimento. nenhum deles separado é suficiente. almejando reconciliá-los e combiná-los, parte dos movimentos sociais como ponto de referência empírico, reconstruindo a dinâmica dos conflitos sociais denominados de paradigmas populares da justiça e desvelando a anatomia de uma falsa antítese. depois, discute-se alguns aspectos sociológicos que fraser busca em marx e weber para elaborar sua própria concepção de sociedade, permitindo-lhe teorizar sobre a complexidade das relações entre a estrutura econômica e a ordem de status no capitalismo globalizante da modernidade tardia. a partir de uma concepção societária dualista de perspectiva, argumenta em favor da diferenciação, divergência e interações causais entre classe e status e, por conseguinte, considera a irredutibilidade mútua da má distribuição e do reconhecimento errôneo e seu entrelaçamento prático. fraser confirma que as gramáticas hegemônicas de debate na sociedade, aparentemente divididas, são adequadas à estrutura social capitalista contemporânea e a questão é integrá-las numa estrutura normativa comum e abrangente, que favoreça a unidade das lutas por justiça social. na sequência, examina-se os aspectos filosófico-morais do projeto de integração das políticas de redistribuição e reconhecimento. classe e status e as respectivas injustiças, são consideradas como categorias filosóficas normativas e integradas por um único princípio normativo abrangente: a paridade participativa. demonstra que a norma à qual os paradigmas populares de justiça apela é moralmente válida e que todas as formas de injustiças violam o princípio único da paridade de participação. por último, avalia-se as propostas políticas de soluções afirmativas e transformativas para as injustiças, assim como a possibilidade de uma via média denominada de reforma não reformista. sua teoria culmina em orientações políticas programáticas de posturas de integração e na indicação de pautas de deliberação pública de um projeto político integrado; tarefa para um bloco contra-hegemônico de movimentos sociais. no final, são realizados alguns apontamentos sobre a transição para a justiça tridimensional que discute o problema do desenquadramento da justiça. com efeito, revisitar a teoria da justiça de fraser, discutindo velhas e novas questões, proporciona não apenas uma releitura do seu pensamento sobre justiça social, como também possibilita melhor compreensão sobre seus escritos recentes de teoria crítica do capitalismo, contribuindo com o debate sobre reconhecimento e redistribuição.
Índice de Shannon: 2.33456
Índice de Gini: 0.600666
| ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 2,72% | 1,53% | 1,72% | 2,31% | 3,73% | 1,54% | 1,58% | 2,41% | 2,39% | 9,54% | 2,38% | 1,60% | 1,45% | 1,64% | 1,51% | 61,96% |
ODS Predominates
2,72%
1,53%
1,72%
2,31%
3,73%
1,54%
1,58%
2,41%
2,39%
9,54%
2,38%
1,60%
1,45%
1,64%
1,51%
61,96%