
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: ACESSIBILIDADE PARA O ESTUDANTE COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NO ENSINO SUPERIOR
Orientador
- DANIELA RIBEIRO SCHNEIDER
Aluno
- SOLANGE CRISTINA DA SILVA
Conteúdo
A acessibilidade surge como uma demanda urgente nas instituições de ensino superior (ies), que a cada ano contam com o aumento de matrículas de estudantes com deficiência em diversos cursos. para tanto, esta pesquisa objetiva analisar as condições de acessibilidade do estudante com tea no ensino superior brasileiro a partir de uma análise sociodemográfica e da percepção de estudantes com tea, professores e gestores (núcleo de acessibilidade ou setor similar). do ponto de vista teórico, a pesquisa se apoiou nos estudos sobre deficiência (disability studies), mais especificamente nos estudos sobre deficiência na educação (esde) e na segunda geração do modelo social da deficiência, bem como no desenho universal para aprendizagem (dua). utilizou-se de uma abordagem multimétodos, de natureza exploratória e descritiva e de corte transversal. a primeira etapa da pesquisa foi de análise documental, por meio de análise quantitativa dos dados do instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais anísio teixeira (inep) entre 2011 e 2016, para fins do mapeamento do perfil sociodemográfico e acadêmico dos estudantes com tea no ensino superior no último ano referido. os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. realizou-se a estratégia de imputação - last value carried forward (último valor válido levado à frente) para minimizar o viés relativo a discrepância constatada nos dados divulgados pelo inep e para uma maior fidedignidade dos mesmos. a segunda etapa contou com uma análise qualitativa sobre informações coletadas por meio de questionários (com questões abertas e fechadas) e entrevista. participaram desta etapa dez instituições públicas de ensino superior, sendo pelo menos uma de cada região do brasil. destas, responderam ao questionário dez gestores, dez professores e dez estudantes com autismo e da técnica de entrevista semiestruturada quatro graduandos com autismo. os resultados indicaram que haviam 546 (sem imputação) ou 1.217 (com imputação) estudantes autodeclarados com tea (alunos únicos), correspondendo a 0,01% do total de estudantes matriculados em 2016. esses estudantes eram predominantemente brancos, do sexo masculino e residentes no sudeste ou nordeste, os quais tinham idade de ingresso ao ensino superior similar aos neurotípicos. na sua maioria, entraram por meio de vestibular, em ies privadas, em cursos presenciais, majoritariamente na área de ciências sociais, negócios e direito. por meio das informações pelos gestores evidenciou-se que os núcleos de acessibilidade realizam várias ações em prol da garantia de acesso e permanência dos estudantes com tea no ensino superior. todavia, a acessibilidade é considerada como regular pela maioria dos gestores. na perspectiva dos professores, a barreira metodológica e atitudinal são as que mais aparecem no processo educacional dos estudantes com tea. em contraponto, são os facilitadores metodológicos e atitudinais também os mais evidentes nos registros desses professores. já as informações oportunizadas pelos estudantes com autismo mostraram que o capacitismo é presente nas relações acadêmicas; que ainda há um despreparo geral no atendimento aos estudantes com autismo; que são diversas as barreiras nesse espaço, destacando-se as barreiras comunicacionais, arquitetônicas e atitudinais. por outro lado, existem facilitadores, os quais são decorrentes de ações individuais dos docentes e das ações dos núcleos/setores de acessibilidade. constatou-se que há um caminho ainda a ser trilhado para que a acessibilidade oferecida de forma satisfatória seja uma realidade. este estudo pode contribuir para a reflexão da prática institucional e pedagógica, para o aprimoramento de ações e políticas públicas na proposição de que esse grupo faça parte do contexto educacional acadêmico com qualidade.
Índice de Shannon: 2.48802
Índice de Gini: 0.629377
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,42% | 1,94% | 3,65% | 59,81% | 3,48% | 1,39% | 1,66% | 3,61% | 3,15% | 2,45% | 4,64% | 2,18% | 1,54% | 1,17% | 1,72% | 5,16% |
ODS Predominates


2,42%

1,94%

3,65%

59,81%

3,48%

1,39%

1,66%

3,61%

3,15%

2,45%

4,64%

2,18%

1,54%

1,17%

1,72%

5,16%