
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: CISGENERIDADE: UM OPERADOR ANALÍTICO NO TRANSFEMINISMO BRASILEIRO
Orientador
- MARIA JURACY FILGUEIRAS TONELI
Aluno
- ANA PAULA SILVA HINING
Conteúdo
O presente trabalho trata de investigar de que forma a noção de cisgeneridade é operada analiticamente pelo transfeminismo brasileiro. o conceito, introduzido no brasil por transfeministas por volta de 2014, torna-se progressivamente parte do vocabulário do campo de estudos da sexualidade e feministas e inaugura uma nova forma de pensar as identidades de gênero. como se trata de uma ideia que emerge e é elaborada teoricamente por ativistas trans, foi realizado um rastreamento do uso do termo cisgeneridade e seus correlatos (cisnorma, cissexismo e cisnormatividade) não só nas bases de dados que concentram trabalhos acadêmicos, mas também em espaços de discussão on-line, como facebook e blogs. dessas buscas, foi elencada uma série de materiais bastante heterogêneos entre si posts de facebook, textos de blog, artigos, entrevistas, dissertações e teses que consistiram no corpus de análise da pesquisa. após o estudo deste conjunto de trabalhos, foram eleitos dois eixos de análise, sendo o primeiro a noção de cisgeneridade e as políticas de enunciação. aqui, buscou-se discutir de que forma o pensamento transfeminista problematiza a assimetria epistemológica que constitui a relação entre cis e trans. historicamente, a transexualidade foi posicionada como objeto de saber e produzida como um fenômeno da ordem da anormalidade e da patologia. uma vez que a cisgeneridade representa não somente a expressão da verdade do sexo, mas também o lugar de autoridade de sua enunciação, o argumento transfeminista afirma que a relação cis e trans é perpassada por uma hierarquia ontológica e uma hierarquia epistêmica. nesse sentido, a noção de cisgeneridade nomeia a alteridade constitutiva a partir da qual a transexualidade foi remetida ao lugar de outro da norma. o segundo eixo de análise se debruça sobre o uso do conceito pelo transfeminismo e as políticas de produção do gênero. são problematizadas as operações discursivas por meio das quais a cisgeneridade é naturalizada e que produzem a ideia de um sexo/gênero estável e coerente. pessoas trans e travestis são, em diversas leituras, vistas como farsantes, seus gêneros são considerados produtos artificiais de técnicas e práticas de intervenção anti-naturais. o transfeminismo argumenta que a cisgeneridade também depende dessas mesmas técnicas e práticas de produção de gênero, e que a diferença entre ambos reside, portanto, na legitimidade política que possuem. nesse sentido, busca-se problematizar a forma como a cisgeneridade atua como norma produtora de uma hierarquia de autenticidade que estabelece o campo de inteligibilidade do gênero e circunscreve as possibilidades de reconhecimento do que é um gênero viável e possível.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 2.47704
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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1,72% | 3,83% | 2,40% | 2,38% | 57,87% | 1,59% | 1,76% | 1,89% | 3,02% | 1,52% | 2,08% | 2,36% | 1,58% | 2,03% | 2,00% | 11,97% |
ODS Predominates


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57,87%

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