
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: CAMINHOS DA AGROBIODIVERSIDADE: REDES DE TROCA DE SEMENTES EM SISTEMAS AGROECOLÓGICOS NA SERRA CATARINENSE, ALTO VALE DO RIO TIJUCAS, SANTA CATARINA
Orientador
- NIVALDO PERONI
Aluno
- MARINA FERREIRA CAMPOS PINTO
Conteúdo
As redes sociais de troca de sementes são mecanismos dinâmicos operando no manejo da agrobiodiversidade. a compreensão dessas redes é considerada importante por estas influenciarem na perpetuação de conhecimentos, práticas e recursos fitogenéticos em comunidades rurais que realizam agricultura em pequena escala. a análise de redes também contribui para compreensão da capacidade de adaptação dos sistemas socioecológicos locais, relevante nas discussões que tangem o desenvolvimento dessas comunidades. neste cenário, os sistemas de produção agroecológicos têm sido apontados como um modelo capaz de superar adversidades. neste contexto, o presente trabalho tem como objetivos gerais reconhecer os sistemas agrícolas praticados por comunidades rurais do alto vale do rio tijucas (sc) e a riqueza de espécies cultivadas, e outras espécies presentes nas propriedades que são usadas para alimentação; investigara rede de troca de sementes e propágulos; e refletir sobre o papel da agrobiodiversidade, das redes de troca de sementes e de sistemas agrícolas agroecológicos na capacidade dos agroecossistemas se adaptarem a situações de mudanças endógenas ou exógenas. o estudo foi realizado em sete comunidades localizadas no alto vale do rio tijucas (sc)onde vivem famílias que formam um grupo pertencente à rede ecovida de agroecologia. as informações sobre as unidades familiares e os sistemas agrícolas locais foram obtidas através de entrevistas semi estruturadas (n=64) e do uso de linha do tempo como ferramenta de pesquisa participativa. a riqueza de espécies, seus usos e a origem das mesmas foram obtidas através de listagens livres (n= 62). para reflexão da capacidade adaptativa, foram realizadas entrevistas para o reconhecimento dos distúrbios que afetam os sistemas agrícolas locais (n=62), entrevistas abertas sobre motivações e dificuldades enfrentadas pelas famílias que praticam o sistema orgânico (n=12) e a análise de três organizações comunitárias (duas agroindústrias e uma cooperativa). este trabalho está organizado em três capítulos. o primeiro capítulo apresenta a estrutura das unidades familiares, os sistemas agrícolas locais e a riqueza de espécies listadas e seus usos. a fumicultura é o principal sistema agrícola da região, seguido pela viticultura e do sistema orgânico. foram listadas ao todo 114 espécies. as listadas como cultivadas foram 79 espécies, com finalidade de autoconsumo (n=76) e venda (n=28). também foram listadas 57 espécies usadas para alimentação oriundas da propriedade. o capítulo dois aborda a origem das sementes e propágulos das espécies tratadas no capítulo anterior, analisando as fontes de obtenção, a estrutura e características da rede social formada pela troca de sementes. a origem das sementes foi estudada em cinco categorias conforme o tipo de citação:ganhas (n=1403),compradas (n=963), doadas (n=672), origem local (n=409) e vendidas (n=11). a estrutura da rede formada pela troca de sementes indicou haver relação positiva entre o aumento da riqueza de espécies cultivadas e número de trocas realizadas. no último capítulo é analisada a capacidade adaptativa dos agroecossistemas. os principais fatores de distúrbio nas unidades de produção são de natureza climática e foram percebidas mudanças nas frequências desses. a riqueza de espécies registradas influencia positivamente a capacidade adaptativa dos agroecossistemas, mas a distribuição pouco equitativa dessa diversidade é fator de vulnerabilidade. os sistemas agrícolas agroecológicos e organizações comunitárias da região estudada são capazes de ampliar o acesso tanto a recursos quanto a informações, mas são vulneráveis por estarem centrados em poucas pessoas e apresentarem muitos desafios a serem superados, apesar dos aspectos positivos que apresentam.
Índice de Shannon: 3.48761
Índice de Gini: 0.861865
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,22% | 31,89% | 2,93% | 3,31% | 2,84% | 5,16% | 4,45% | 3,59% | 6,98% | 2,46% | 5,71% | 3,27% | 10,18% | 4,74% | 4,37% | 4,90% |
ODS Predominates


3,22%

31,89%

2,93%

3,31%

2,84%

5,16%

4,45%

3,59%

6,98%

2,46%

5,71%

3,27%

10,18%

4,74%

4,37%

4,90%