Responsive image
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Agrárias

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: DETECÇÃO DE ALTERAÇÕES NO PROTEOMA DE PLANTAS GENETICAMENTE MODIFICADAS ORIUNDAS DE INTERAÇÕES SINÉRGICAS E ANTAGONISTAS DA INTEGRAÇÃO E EXPRESSÃO DE TRANSGENES

Orientador
  • RUBENS ONOFRE NODARI
Aluno
  • SARAH ZANON AGAPITO TENFEN

Conteúdo

Organismo geneticamente modificado (ogm) é um organismo cujo material genético foi manipulado através da utilização de técnicas de dna recombinante. apesar da adoção generalizada de ogms por muitos países, a necessidade de pesquisas em biossegurança continua sendo uma preocupação. as técnicas de transformação genética atualmente utilizadas para o desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas inserem construções transgênicas em regiões aleatórias no genoma da planta hospedeira e são muitas vezes integradas perto de elementos genéticos importantes, como retrotransposons e sequências repetidas. isto impõe riscos adicionais devido à introdução de novas sequências reguladoras, que podem conduzir a alterações espaciais e temporais na expressão de genes endógenos. estas imprevisibilidades podem ter efeitos adversos sobre a estabilidade genética em longo prazo, bem como no valor nutricional, alergenicidade e toxicidade do ogm. estes processos genéticos representam áreas de pesquisa omitida, bem como lacunas no conhecimento relacionado a potenciais efeitos na saúde e meio-ambiente. além disso, a abordagem atual para a avaliação de possíveis efeitos indesejados de ogms é baseada na suposição de que um ogm é composto por duas partes, a planta e a proteína transgênica, que funcionam de forma linear e aditiva. esta abordagem, que se baseia no conceito de ‘equivalência substancial’, é altamente criticada pela comunidade científica e carece de hipóteses científicas bem fundamentadas. assim, o objetivo deste trabalho foi testar dois novos modelos metodológicos para caracterizar os potenciais efeitos adversos dos ogms em nível molecular. a primeira abordagem é baseada na análise comparativa do perfil proteico e níveis de transcrição transgênica de uma variedade de milho gm contendo duas inserções transgênicas, outra contendo apenas uma inserção sob o mesmo background genético e a variedade convencional correspondente. este modelo biológico proporciona uma oportunidade única de rastreamento de potenciais alterações no proteoma que derivam da combinação dos dois transgenes. a segunda abordagem baseia-se na utilização da ferramenta de interferência por rna para o silenciamento gênico. esta ferramenta fornece um meio para estudar genótipos transgênicos sem a acumulação de proteínas transgênicas, isolando assim os efeitos da inserção per se. o desenvolvimento dessas metodologias também acarretou em uma extensa revisão da literatura sobre ensaios de interferência por rna expressas de maneira transiente e estável em plantas. os resultados observados demonstram que as construções transgênicas não funcionam de forma linear e aditiva. mas influenciam a expressão global de genes endógenos, principalmente relacionados ao metabolismo energético e de estresse, dependendo do número de cópias e da natureza do transgene inserido. a presença de mais de um inserto no genoma hospedeiro também altera os níveis de expressão do transgene. ainda, a análise proteômica de plantas transgênicas silenciadas revelou um baixo número de proteínas endógenas alteradas, indicando que o acúmulo de proteína transgênica é um dos principais fatores que influenciam a modulação do proteoma da planta hospedeira. portanto, conclui-se que as novas abordagens metodológicas descritas e testadas podem fornecer uma metodologia científica útil e robusta para avaliações de risco de ogms. por fim, sugerimos que as agências regulatórias de biossegurança de ogms considerem que este tipo de estudo seja obrigatório e parte dos documentos produzidos pelos proponentes da tecnologia que visam a liberação comercial de novos eventos de transformação genética.

Índice de Shannon: 3.89893

Índice de Gini: 0.928666

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,44% 9,61% 6,25% 5,30% 3,26% 5,18% 6,93% 3,74% 9,33% 3,28% 6,68% 5,64% 4,54% 6,67% 9,76% 10,40%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

3,44%

ODS 2

9,61%

ODS 3

6,25%

ODS 4

5,30%

ODS 5

3,26%

ODS 6

5,18%

ODS 7

6,93%

ODS 8

3,74%

ODS 9

9,33%

ODS 10

3,28%

ODS 11

6,68%

ODS 12

5,64%

ODS 13

4,54%

ODS 14

6,67%

ODS 15

9,76%

ODS 16

10,40%