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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Socioeconômico

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: INTERSECCIONALIDADE(S): UM NÃO LUGAR NA FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

Orientador
  • LUCIANA PATRICIA ZUCCO
Aluno
  • MARIA ANTONIETA ROCHA DOS SANTOS

Conteúdo

Esta tese é o resultado de uma pesquisa documental, de abordagem qualitativa, realizada nos de projetos pedagógicos de curso (ppcs) de graduação em serviço social com o objetivo central de compreender o lugar dos marcadores sociais de raça/etnia e gênero nas matrizes curriculares da formação profissional. assim, o pressuposto é de que o lugar do debate étnico-racial e de gênero não alcança os dimensionamentos intercategorias imbricados nas chamadas refrações da questão social, logo, comparecem nos ppcs de modo hierarquizado, sendo elementos secundarizados nas matrizes curriculares. a compreensão dessa problemática é fundada no pensamento feminista, em particular de mulheres negras, por permitir analisar as opressões e diferenças sociais através de alternativas teóricas que demarcam posições individuais e coletivas, onde questões de raça/etnia, classe, gênero, orientação sexual, identidade nacional, entre outras, são apreendidas pela interseccionalidade. essa concepção constitui-se, portanto, como ferramenta de apreensão das experiências, processos de luta e produção de pontos de vistas situados de mulheres negras, cujo pensamento é resultado do ativismo político e acadêmico e constitui as referências analíticas centrais apresentadas para compreensão do objeto de estudo. assim, busco problematizar em que medida a formação em servico social nao incorporou a dimensão estrutural de raça/etnia e gênero como mediações que imbricadas com classe, interseccionam as refrações da questão social. ampliar o dimensionamento da “questão social” por meio de uma “interseccionalidade mediada” traz a possibilidade de compreender o que kimberlé crenshaw (2002) chama de “subordinção interseccional” como uma característica da substância da interseccionalidade. ela percorre o pensamento feminista negro que desenvolve nos estados unidos como a expressão não são só de ideias, mas de uma teoria social crítica que possibilita a criação de metodologias para dar total visiblidade a “subordinação interseccional”, de modo a desvendar como várias estruturas de subordinação convergem. para dialogar comigo sobre tais imbricamentos no brasil, trago as lentes de lélia gonzalez, luiza bairros, sueli carneiro, jurema werneck e carla akotirene que ampliam o meu olhar sob um ponto de vista situado para pensar necessidade de ampliação desse debate na formação em serviço social, uma vez que mulheres negras brasileiras constituem o perfil de parte expressiva das demandas profissionais das (os) assistentes sociais. com base nessas referências, a análise dos dados da pesquisa revelam que raça/etnia e gênero são temas secundarizados na formação em serviço social, assumindo alguma expressão nos componentes curriculares que tratam dos movimentos sociais e direitos humanos, sem que seja observada a presença de autoras que abordam os temas sob uma perspectiva interseccional. considero, portanto, que os temas raça/etnia e gênero estão inscritos nas matrizes curriculares, marcadamente sob natureza optativa e/ou complementar e isso coloca esses marcadores sociais sob uma hierarquização que secundariza seu caráter estrutural, ocupando assim um “não lugar” quando abordados sem os imbricamentos com classe e outros marcadores de diferença. essa é uma questão passível de debates e atualização no âmbito dos núcleos docentes estruturantes (conaes/resolução nº 01 de 17 de junho de 2010), responsáveis por acompanhar a concepção, consolidação e contínua atualização dos projetos pedagógicos de curso, a fim de ampliar os dimensionamentos da questão social na formação em serviço social.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.10548

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,20% 1,52% 2,33% 5,91% 34,99% 1,42% 1,70% 7,90% 2,27% 9,97% 2,30% 1,66% 1,64% 1,64% 1,73% 17,84%
ODS Predominates
ODS 5
ODS 1

5,20%

ODS 2

1,52%

ODS 3

2,33%

ODS 4

5,91%

ODS 5

34,99%

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ODS 16

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