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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: IMPACTO DA EXPOSIÇÃO AO MALATHION SOBRE A HOMEOSTASE GLICÊMICA DURANTE A GESTAÇÃO E SEUS DESFECHOS METABÓLICOS NO PÓS-TERMO EM RATAS E PROLE

Orientador
  • ALEX RAFACHO
Aluno
  • MACIEL ALENCAR BRUXEL

Conteúdo

Os inseticidas organofosforados (ops), entre eles o malathion, estão entre os pesticidas mais empregados no mundo e há evidências que relacionam a exposição aos ops com o desenvolvimento de doenças metabólicas, incluindo o diabetes mellitus e a obesidade. no entanto, não há estudos pré-clínicos avaliando se os ops podem atuar como um fator de risco para o diabetes mellitus gestacional (dmg). assim, hipotetizamos que a exposição subcrônica ao pesticida malathion pela via oral, no período periconcepcional, pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de dmg. para isso, ratas wistar foram alocadas em 2 grupos e expostas diariamente por 21 dias consecutivos com malathion na dose de 14 mg/kg ou 140 mg/kg de massa corpórea (m.c.) por administração intragástrica. o óleo de milho foi utilizado como veículo em um terceiro grupo controle (1 ml/kg, m.c.). subgrupos foram definidos com base na ausência (nulíparas) ou presença (gestantes) de plugue copulatório ou se seguiram por um período adicional de 2 meses após o termo (pós-termo), sem a continuidade do tratamento com o op. os fetos e a prole adulta de machos e fêmeas também foram avaliados. o estudo também foi composto por um desenho experimental adicional em que o malathion foi administrado na dose de 0,1 mg/kg m.c. a exposição ao malathion não afetou a tolerância à glicose em ratas nulíparas, mas resultou em intolerância à glicose nas ratas prenhes de maneira dose-dependente, que permaneceu comprometida nos 2 meses seguintes ao parto em ratas tratadas com ambas as doses do op, incluindo na menor dose avaliada (0,1 mg/kg). a intolerância à glicose na gestação não esteve acompanhada de alterações na massa de células ß pancreáticas, mas à menor secreção de insulina in vivo. as proles oriundas de progenitoras tratadas com o op também exibiram intolerância à glicose, sendo mais pronunciada nas proles fêmeas. a intolerância à glicose na prole também não se deu em paralelo à alterações na massa de ilhotas pancreáticas, mas sim ao aumento do padrão de metilação global no fígado, especialmente nas proles oriundas das progenitoras com maiores exposições ao op (14 e 140 mg/kg). o tratamento com o malathion afetou a função hepática, o perfil de células sanguíneas (leucócitos), a adiposidade, valores circulantes de triglicerídeos, colesterol total e frações (hdl, ldl e vldl) na gestação, e tais alterações persistiram até o período pós-termo. as proles também apresentaram maiores valores da aspartato aminotransferase, independente do grau em que a progenitora foi exposta ao malathion. a atividade da enzima che foi atenuada de maneira dose-dependente pelo tratamento com o ops, mas permaneceu inalterada durante a gestação ou em qualquer contexto na dose de 0,1 mg/kg, m.c. em conclusão, a exposição ao op malathion no período periconcepcional causa intolerância à glicose durante a gravidez, compatível com o dmg em humanos, e mantém-se persistente no pós-termo. a exposição periconcepcional ao malathion também afeta a tolerância à glicose nas proles adultas. considerando que a massa de pâncreas endócrino está inalterada e que demonstramos maior metilação global no fígado, é possível que alterações na função pancreática e hepática contribuam para a intolerância à glicose. assim, a exposição silenciosa, acidental ou laboral ao malathion, de forma subcrônica, atua como potencial fator de risco para o desenvolvimento de dmg bem como para desfechos metabólicos na vida tardia da prole. esses dados destacam a importância de mais pesquisas sobre o impacto dos ops sobre o metabolismo geral e seus desfechos em populações mais expostas.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.91644

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,37% 6,72% 14,81% 5,09% 6,28% 5,05% 5,25% 7,17% 6,61% 4,45% 7,42% 5,69% 5,28% 5,90% 4,18% 4,75%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

5,37%

ODS 2

6,72%

ODS 3

14,81%

ODS 4

5,09%

ODS 5

6,28%

ODS 6

5,05%

ODS 7

5,25%

ODS 8

7,17%

ODS 9

6,61%

ODS 10

4,45%

ODS 11

7,42%

ODS 12

5,69%

ODS 13

5,28%

ODS 14

5,90%

ODS 15

4,18%

ODS 16

4,75%