Com esta investigação busca-se compreender os marcadores identitários de mulheres estudantes no ensino médio do ceja, no município de florianópolis/sc, a partir de um olhar interseccional. problematiza-se: como classe, gênero, identidade de gênero, religião, orientação sexual, pertencimento etnicorracial e geração se interseccionam na vivência de tais mulheres? a pesquisa tem base qualitativa e utilizam-se dos procedimentos metodológicos de levantamento bibliográfico e documental e de questionário. realiza-se um questionário no centro de educação de jovens e adultos (ceja) – florianópolis, localizado dentro do instituto estadual de educação, no centro da cidade. foram 138 mulheres participantes e a pesquisa se justifica pelo fato de a educação de jovens e adultos receber um público que já foi excluído da escola ou teve seu direito pela educação rompido em algum momento de suas vidas, e justamente por muitas dessas mulheres sofrerem processos de opressão por seus marcadores identitários e pela interação entre eles. outro fator é que na educação existem poucas, ou quase nenhuma, pesquisa que faça uma investigação levando em conta a interação das identidades por um olhar interseccional. o trabalho considera como principais referenciais autores/as como: guacira lopes louro (1997; 1999; 2003; 2004), kimberlé crenshaw (1989; 1994; 2002), sirma bilge (2009;2010), stuart hall (2003), suelaine carneiro (2015) entre outros/as. os dados revelam que essas mulheres sofreram múltiplos processos de exclusão, sendo que muitas apontaram já ter sofrido processos de discriminação e preconceitos por seus marcadores identitários. a expectativa é que, ao se tornarem públicos esses dados, a pesquisa contribua de alguma forma para que o processo de escolarização na eja seja capaz de reconhecer e valorizar as diferenças identitárias, evidenciando as mulheres como sujeitas de direitos dentro do estado democrático, bem como possa oferecer uma formação docente que se articule as desafiantes demandas da educação de jovens e adultos.