
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Tese
Título: DAS INTERPRETAÇÕES SOBRE O SER HUMANOS AOS PROCESSOS DE (DES)HUMANIZAÇÃO NO JORNALISMO
Orientador
- JORGE KANEHIDE IJUIM
Aluno
- GESSICA GABRIELI VALENTINI
Conteúdo
O jornalismo pode desumanizar? embora o processo de produção seja realizado por pessoas e para pessoas, esta pesquisa parte da suspeita de que o tratamento dado às fontes, ao público e, muitas vezes, aos próprios jornalistas, pode conduzir a narrativas desumanizadas e/ou desumanizadoras, que ultrapassam limites éticos e morais. na formação da identidade, pessoal e coletiva, os caminhos da história da humanidade fizeram com que antropólogos e outros cientistas criassem classificações de acordo com características biológicas ou sociais, como cor de pele ou local de nascimento. essas valorações afetaram o olhar de cada um sobre si e também sobre os outros, ora o considerando como superior, ora inferior, de acordo com cada construção cultural. como desumanização entendemos qualquer tratamento que comprometa a dignidade humana, que não trate o outro com igualdade, [...] sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição, como detalha o artigo 2 da declaração universal dos direitos humanos (1948). se as relações estão desumanizadas, a imprensa, enquanto instituição, é parte do mesmo sistema social que a serve e pode refletir tais características. os produtos jornalísticos podem reproduzir as mazelas, estigmas e violências dessa sociedade. no entanto, também podem exercer uma potência ético-educativa para produzir narrativas humanizadas e humanizadoras e contribuir para o processo de humanização da sociedade. esta é a hipótese desta tese, que traz como consequência o seu objetivo geral: compreender os processos de desumanização e humanização no jornalismo, promovendo a discussão sobre as suas causas e consequências e, por conseguinte, elencar as possibilidades de humanização no pensar e no fazer jornalísticos. para concretizar tais objetivos foi necessário investigar o que é o ser humano, assim como perscrutar os processos de desumanização, recorrendo a obras nas áreas de saúde, direito, antropologia, ciências sociais (morin, 1999, 2005, 2006; santos, 1999, 2002, 2007; russell, 1977), entre outras. no campo do jornalismo, a tese se debruça em escritos de autores que vão além dos aspectos normativos, mas compreendem o jornalismo como meio de transformação social (medina, 1988, 1999, 2003, 2008, 2016; cornu, 1994). para avaliar o material empírico, foram utilizados os procedimentos da análise pragmática e cultural da narrativa (motta, 2007, 2016). com o arcabouço teórico e as análises, chegamos a considerações finais importantes, entre elas a de que a humanização ou a desumanização não estão diretamente relacionadas à distância ou proximidade física, mas à abordagem. no caso do jornalismo, podemos humanizar em uma entrevista por telefone e desumanizar em reportagens presenciais. como alternativa, trazemos reflexões sobre a empatia e a tríade proposta por medina (1999): técnica, ética e estética.
Índice de Shannon: 3.06657
Índice de Gini: 0.773497
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,97% | 2,28% | 6,40% | 3,03% | 6,95% | 2,42% | 2,33% | 3,40% | 3,23% | 6,97% | 3,32% | 3,04% | 2,01% | 2,38% | 2,33% | 44,94% |
ODS Predominates


4,97%

2,28%

6,40%

3,03%

6,95%

2,42%

2,33%

3,40%

3,23%

6,97%

3,32%

3,04%

2,01%

2,38%

2,33%

44,94%