A parada cardiorrespiratória é um incidente que gera angustia na equipe de enfermagem, por necessitar de raciocínio clínico para um atendimento rápido, coordenado e padronizado. por este motivo é necessário que a equipe mantenha, de forma permanente, atualização sobre o tema ressuscitação cardiorrespiratória no ambiente de trabalho. esse processo pode ser realizado como educação permanente, a partir da construção coletiva de conhecimentos reflexivos e participativos, para a mudança na realidade e transformação das práticas de saúde. este estudo objetivou o desenvolvimento de uma proposta de educação permanente junto à equipe de enfermagem de uma clínica cirúrgica para situações de parada cardiorrespiratória e ressuscitação cardiopulmonar por meio da metodologia da problematização com o arco de maguerez. realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, que utilizou como estratégia a pesquisa-ação decorrente da problematização sobre o assunto ressuscitação cardiopulmonar com profissionais de enfermagem por meio do arco de maguerez, que contém cinco etapas: observação da realidade; pontos-chave; teorização; hipóteses de solução; aplicação à realidade – prática. o estudo respeitou os preceitos éticos dispostos na resolução cns nº 466 de 12/12/12, foi iniciado após aprovação do projeto na gerência de ensino e pesquisa gep/hu/ufsc com número de protocolo: 025 e aprovação pelo comitê de ética de pesquisa com seres humanos da ufsc (cepsh), com número de caae: 09477019.8.0000.0121 e número de parecer: 3.326.360. os participantes que aceitaram participar e assinaram o tcle tiveram garantidos o sigilo e a confidencialidade. os participantes do estudo foram três enfermeiros e oito técnicos de enfermagem no período de junho a julho de 2019, em uma unidade de clinica cirúrgica de um hospital do sul do brasil. os resultados apontam que os profissionais de enfermagem sentem medo e insegurança no atendimento em ressuscitação cardiopulmonar por ser um atendimento complexo que demanda ações imediatas, coordenadas, integração entre a equipe e risco de morte ao paciente. a análise dos dados foi realizada a partir da proposta operativa de minayo, surgiram sete categorias: sentimentos dos profissionais de enfermagem diante da pcr; experiência da equipe no cuidado ao paciente em situação de pcr; liderança dos enfermeiros perante a equipe de enfermagem no atendimento a pcr; a importância do tempo para a equipe de enfermagem; eps na rcp; causas indiretas que interferem no cuidado ao paciente em pcr; formação da equipe de enfermagem e necessidade de formação para preceptoria. conclui-se que ações de educação permanente devem ser inseridas no processo de trabalho da equipe, resultando em transformações nas práticas de saúde, utilizando a simulação e a construção de materiais, como os realizados neste estudo, para facilitar e tornar o cuidado mais seguro ao paciente.