As políticas de formação gerencial na graduação em enfermagem representam diretrizes norteadoras para o ensino da gerência em enfermagem e saúde, visando ao desenvolvimento de competências que favoreçam as práticas gerenciais no trabalho complexo dos enfermeiros. as diretrizes curriculares nacionais para graduação em enfermagem, atreladas as políticas do sistema único de saúde, tem preconizado o ensino de enfermagem no país nas ultimas décadas e encontra-se no momento em fase de reformulação. esta pesquisa teve como objetivo compreender o significado atribuído às políticas de formação gerencial de um curso de graduação em enfermagem pelos atores envolvidos no processo formativo de uma instituição do ensino superior do norte do país, construindo um modelo teórico. adotou-se nesta pesquisa como referencial teórico o pensamento complexo de edgar morin. trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa sustentada pelo referencial metodológico da teoria fundamentada nos dados. a coleta de dados ocorreu de janeiro a outubro de 2018 utilizando a técnica de entrevista não estruturada. a pesquisa teve 42 participantes, divididos em quatro grupos amostrais, o primeiro envolvendo enfermeiros docentes-gestores do curso, o segundo os enfermeiros docentes do curso, o terceiro os discentes e o quarto egressos do curso de graduação em enfermagem da escola superior de ciências da saúde da universidade do estado do amazonas. a análise e coleta das informações ocorreram simultaneamente com surgimento das hipóteses que conduziram as entrevista para os outros grupos. a análise foi de acordo com o modelo paradigmático de corbin; strauss (2015), composto pelas etapas da codificação aberta, axial e integração utilizando o software nvivo® para organização dos dados. a pesquisa atendeu aos preceitos éticos da resolução n.466/2012 do conselho nacional de saúde, sendo o projeto submetido a apreciação e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos da universidade do estado do amazonas, sob parecer número 2.353.510. todas as entrevistas foram realizadas após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (tcle). do processo analítico das informações, revelouse o fenômeno “formando enfermeiros para atuação na gestão do cui- dado e dos serviços de enfermagem, saúde e ensino baseado em políticas de educação, de saúde e universitária”. o fenômeno central desta pesquisa foi sustentado por três categorias e doze subcategorias. a categoria do componente condição é composto por quatro subcategorias, a categoria do componente ação-interação por cinco subcategorias e a categoria do componente consequência por três subcategorias. a pesquisa possibilitou compreender que a formação gerencial dos enfermeiros se dá por meio de políticas educacionais, de saúde e institucionais, exigindo o conhecimento e participação coletiva para a articulação da dimensão gerencial com a assistencial, bem como para desenvolver competências gerenciais, superando as fragilidades existentes por meio do diálogo dos componentes curriculares de forma interdisciplinar e transversal durante a graduação. assim, sustenta-se a tese que “as políticas de formação gerencial do enfermeiro vem sendo centrada no perfil sócio-político, gerencial, técnico-científico e humanístico deste profissional e das políticas da instituição formadora, focado no contexto de gestão do cuidado de enfermagem e saúde e na complexidade das relações, interações e associações organizativas”.