
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Tecnológico
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Ambiental
Tipo do Documento: Tese
Título: GUANXUMA (SIDA RHOMBIFOLIA L.): OBTENÇÃO DE EXTRATOS COM POTENCIAL ANTIOXIDANTE POR MÉTODOS A ALTA PRESSÃO E ENCAPSULAÇÃO VIA SPRAY-DRYING
Orientador
- SANDRA REGINA SALVADOR FERREIRA
Aluno
- DIEGO MARLON FERRO
Conteúdo
Sida rhombifolia é uma planta extensivamente conhecida no brasil, principalmente pelo nome popular guanxuma. sua popularidade como erva medicinal é reconhecida em várias partes do mundo, no entanto, ainda são escassos os estudos mais aprofundados que elucidem seus benefícios. o objetivo deste estudo foi selecionar dentre as técnicas de extração, convencionais em comparação à métodos mais avançados, a rota que melhor corresponde a extração de compostos bioativos a partir de s. rhombifolia. extração supercrítica (esc) e extração com líquido pressurizado (ple), foram avaliadas e integradas para recuperar compostos fenólicos das folhas de s. rhombifolia. além disso, foi avaliada a despressurização na esc visando aumentar a eficiência do ple num conceito de biorrefinaria. o conteúdo fenólico total dos extratos foi determinado pelo método de folin-ciocalteu, e a atividade antioxidante in vitro foi obtida pelos métodos dpph e abts, enquanto a análise de ruptura da parede celular decorrente do processo de despressurização foi comprovada pela análise de microscopia eletrônica de varredura (mev). o maior teor fenólico (91 mg gae·g-1) e a capacidade antioxidante por abts (4,3 mmol te·g-1 extrato) foram obtidos por ple a partir do resíduo da esc após rápida taxa de despressurização. a análise de dados obtidos por cromatografia lc-esi-ms/ms identificou 31 compostos fenólicos dos extratos, dos quais 21 foram reportados pela primeira vez em associação com a s. rhombifolia. isoquercitina foi o principal fenólico dos extratos. a integração dos processos esc e ple possibilitou recuperar diferentes frações das folhas de s. rhombifolia e melhorou o rendimento de processo e o potencial antioxidante dos extratos. a segunda parte do trabalho consistiu avaliação do escalonamento em quatro vezes a quantidade amostral de ple para viabilizar maior recuperação em massa do extrato vegetal, com as características apresentadas na primeira etapa deste estudo. para tanto, os dados experimentais foram modelados matematicamente, para descrever o comportamento de transferência de massa na fase soluto/solvente, sendo que o modelo de sovová (1994) demonstrou o melhor ajuste, seguido de martínez (2003) e esquível (1999), respectivamente. os resultados para atividade antioxidante não apresentaram diferença estatística (p>0,05) entre os processos de diferentes escalas. já para composição de fenólicos, os extratos obtidos na escala ampliada foram estatisticamente superiores aos da menor escala (cft 62,97 e 74,57 (mg eag·g-1)), o que pode ser atribuído à maior massa de amostras envolvida no processo, mas que também corresponde à uma maior recuperação de compostos bioativos. dessa forma, um maior volume de extrato possibilita a manipulação do mesmo para confecção de produtos com propriedades antioxidantes de fonte renovável. para tanto, na terceira parte do trabalho a técnica de microencapsulação do extrato de s. rhombifolia por meio de spray-drying visa proporcionar a manutenção da estabilidade do extrato. spray-dry é uma operação unitária de secagem, técnica difundida no setor industrial de produção alimentos. a formação de microcápsulas por meio desta técnica está associada à utilização de um material encapsulante, nesse caso a maltodextrina (md) (de-10) à 20 % (m/m) foi estudada como amostra controle (msd). foram avaliadas, incorporações de 2,5 e 5,0 % de extrato de s. rhombifolia como material de núcleo nas soluções base (md + água) para a encapsulação, denominadas me 2,5 e me 5,0, respectivamente. a obtenção de microcápsulas foi avaliada quanto à eficiência do processo e sua morfologia por meio de imagens em mev. a autofluorescência atribuída aos compostos fenólicos foi observada por meio dos ensaios de microscopia de fluorescência, indicando que os compostos presentes no extrato emitem fluorescência e assim corroboram com os resultados de mev, onde foi possível observar partículas de núcleo em cápsulas fragmentadas. além disso, as análises térmicas indicam resultados de maior estabilidade ao me 2,5. os parâmetros de cor indicaram que md protegeu as microcápsulas pela formação de revestimento ao extrato, mas também expõem diferença na variação de cor entre me 2,5 e me 5,0. as análises de capacidade de retenção a óleo (cro) e capacidade de retenção a água (cra) indicaram que os materiais microencapsulados são altamente higroscópicos, uma vez que as amostras foram totalmente solubilizadas no ensaio de cra, e baixa cro. a cinética de adsorção de umidade foi avaliada em 8,25 h até a estabilização da umidade relativa, os dados obtidos tiveram bons ajustes ao modelo de peleg. as curvas de isotermas de adsorção apresentaram um aumento da umidade de equilíbrio com o aumento da atividade de água, com melhores ajustes (r² = 0,99) para o modelo de gab em comparação ao modelo de bet. portanto, a microencapsulação de compostos fenólicos de fonte vegetal renovável pode ser uma alternativa viável à obtenção de produto para incorporação na formulação de alimentos.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.83562
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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ODS Predominates


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4,12%

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