Um consumidor livre no mercado de energia brasileiro possui diversas opções para atendimento da sua demanda. dentre elas, pode-se optar por construir sua própria usina, tornando-se um autoprodutor. com o crescente incentivo, tanto ambiental quanto financeiro, para investimento nas energias renováveis, surge a oportunidade desse consumidor investir numa autoprodução renovável, sendo que a fonte mais competitiva no brasil atualmente é a energia eólica. assim, o presente trabalho busca analisar se, frente às outras opções de aquisição de energia, o investimento em uma autoprodução eólica se traduz em benefícios financeiros para o consumidor. para tanto, é criado um modelo dois-estágios para otimização do portfólio do consumidor, que consiste em um primeiro estágio com decisões binárias relativas à construção da usina e um segundo estágio estocástico e multi-estágio com decisões contínuas relativas aos montantes de contratação. considera-se que a planta e o consumidor estão localizados no mesmo submercado, sendo que os dois submercados para teste são sul e nordeste, já que esses apresentam maior maturação da fonte eólica. o modelo observa um horizonte de longo prazo, englobando toda a vida útil da planta renovável. ainda, é considera a modalidade de contratação da usina eólica por disponibilidade, vigente até o ano de 2018 que é comparada com a contratação por quantidade que teve início no leilão a-6 de 2018.