A matéria-prima representa um custo significativo na composição do preço das peças produzidas por mpi (metalurgia do pó por injeção). desta monta, para tornar o processo mais atrativo a novos projetos ou para conversão de projetos já existentes, neste estudo é adicionado pós óxidos de menor custo, mais fácil obtenção e estocagem mais simples comparando-os com os equivalentes metálicos. a mpi é um processo de produção de peças em larga escala, qualquer redução no custo da matéria-prima, se traduz num bom resultado nos lucros ao final de todo processo produtivo. focando os trabalhos em ligas de ferro carbono com e sem níquel, sendo esse escolhido por ser um componente comum para melhorar a resistência mecânica em peças utilizadas como elementos estruturais. então, na obtenção da matéria-prima para injeção (feedstock) foram adicionados fe2o3 (óxidos de ferro) e nio (óxido de níquel) obtendo corpos de prova ora com fe2o3 ora com nio e também a mistura de ambos. mas, para se atingir o objetivo final, os referidos óxidos são reduzidos durante as etapas de processamento via mpi que neste trabalho procurou-se modificar o menos possível das etapas de processamento comumente utilizados, seja em parâmetros de processo para extração térmica ou de sinterização com suas respectivas taxas de aquecimento e patamares isotérmicos. este modus operandi objetivou a inserção do óxido com o mínimo de adaptações ao processo convencional e a não necessidade de adaptação em um novo processo industrial, e assim obter uma boa aceitação por parte do mercado. para verificar a viabilidade dos objetivos, foram realizadas análises de tamanho de grão e composição da matéria-prima, caraterizações microstruturais via mo (microscopia óptica) e mev (microscopia eletrônica de varredura), além de análises mecânicas como ensaio de tração, dureza brinell e microdureza vickers. ao final obteve-se corpos de prova com uma boa sinterização e uma redução parcial dos óxidos, já iniciada na extração térmica dos ligantes, fato comprovado através das análises dilatométricas e confirmado pelas análises termogravimétricas realizadas. sendo que o ni (níquel), reduzido, teve em parte uma transformação metaestável para martensita mesmo em baixas taxas de resfriamento dentro do forno resistivo assistido por plasma.