As variações latitudinais da frente subantártica (fsa) e do jato troposférico do hemisfério sul (jt) são investigados para o período de 1993-2016. dados de velocidade zonal do vento, altura da superfície do mar e temperatura foram utilizados para identificar essas feições individualmente sobre os oceanos atlântico sul, pacífico sul e índico. durante este período, o jato atmosférico migrou para o polo 0.34°s decada-1 no atlântico, 0.28°s decada-1 no pacífico e 0.14°s decada-1 no oceano índico. estudos prévios mostraram que a tendência de migração é devida à expansão do cinturão tropical como consequência do aumento de gases de efeito estufa e resfriamento da estratosfera polar devido à depleção de ozônio. o jt teve um fortalecimento em todas as bacias oceânicas. a fsa representa o limite norte da corrente circumpolar antártica e observou-se na posição média de 46.3°s (±0.5°) no atlântico, 54.3°s (±0.3°) no pacífico e 46.6°s (±0.5°) no índico. a fsa mostrou uma migração sul de 0.46°s decada-1 no atlântico, 0.20°s decada-1 no pacífico e 0.27°s decada-1 no oceano índico, que é atribuída ao aumento do nível do mar no hemisfério sul devido à expansão térmica. a tendência de migração da fsa é consistente com a tendência positiva do módo anular sul no mesmo período. a posição do jato é estatisticamente correlacionada com a posição da fsa. entretanto os coeficientes de correlação são fracos: +0.22 para o atlântico, +0.17 para o pacífico e +0.21 para o oceano índico. o deslocamento latitudinal da fsa no pacífico é inversamente proporcional ao sinal do el niño – oscilação sul (enso). durante anos de el niño a fsa tende a ter uma posição mais próxima ao polo e durante anos de la niña mais ao equador, com uma correlação máxima de 0.56 com o enso liderando por três meses.