Microplásticos (mps) receberam considerável atenção da comunidade científica por sua alta capacidade de dispersão e acúmulo em vários ambientes. os microplásticos representam um risco para a biota devido ao seu tamanho e similaridade com itens alimentares, pela capacidade de acúmulo nos organismos, causando danos físicos, pelos aditivos adicionados nas etapas de manufatura que podem ser liberados da matriz polimérica e pela sua capacidade de concentrar poluentes orgânicos. dez praias arenosas ao longo da ilha de santa catarina foram amostradas para avaliar a variabilidade espacial na distribuição, composição, padrão de acúmulos e possíveis fontes de microplásticos. todo material coletado foi analisado quanto à forma, cor, tamanho e estágio de degradação por processamento digital de imagens obtidas por lupa binocular e composição polimérica por espectrofotômetro de infravermelho por transformada de fourier (ft-ir) com refletância total atenuada (atr). os pellets foram avaliados visualmente quanto ao grau de intemperismo (amarelamento e erosão) e quanto ao grau de oxidação pela formação de grupamentos que indicam a degradação polimérica. a concentração de mps variou de 1,33 a 127,3 itens m-2 na linha de deixa e de 0 a 37,33 itens m-2 na porção pós praia. destaca-se a importância dos ventos, energia das ondas e orientação da praia na distribuição dos microplásticos sugere-se que os pellets chegam à ilha de santa catarina depois de uma curta permanência no oceano e também não ficaram no litoral por um longo período de tempo