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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Físicas e Matemáticas

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Ambiental

Tipo do Documento: Dissertação

Título: SUCESSÃO DE ASSOCIAÇÕES DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS COMO INDICADORAS DE VARIAÇÕES PALEOCEANOGRÁFICAS NO TERRAÇO DE TORRES (RS) DURANTE O QUATERNÁRIO TARDIO

Orientador
  • CARLA VAN DER HAAGEN CUSTODIO BONETTI
Aluno
  • PATRICIA SCHMITT EBERHARDT

Conteúdo

Na busca para avaliar a paleoprodutividade são utilizados foraminíferos, que são protistas sensíveis a mudanças ambientais e atuam como paleoindicadores de características oceanográficas como temperatura, salinidade, fluxo de oxigênio, disponibilidade de nutrientes e gradiente de energia do meio. o presente trabalho teve como objetivo inferir a variabilidade dos processos oceanográficos, condições climáticas e produtividade bentônica analisadas pelas mudanças no padrão de distribuição dos foraminíferos bentônicos em dois testemunhos do setor norte do talude da bacia de pelotas, ao longo do quaternário tardio. a metodologia empregada baseou-se na determinação da abundância relativa, biometria e razão isotópica do c e o nas testas de foraminíferos bentônicos. os modelos de idade identificaram um intervalo temporal entre 112 e 7 mil anos, sugerindo que o testemunho sis 188 abrange os estágios isotópicos marinhos (eim) 1 a 3, e o testemunho sis 249 abrange os eim de 3 a 5. foram identificados um total de 55 táxons ao longo destes testemunhos, com dominância de gêneros com hábito infaunal, tais como globocassidulina, bulimina, bolivina e uvigerina e a espécie trifarina angulosa, sugerindo o predomínio de condições meso-eutróficas nesta área durante o período estudado. a análise de similaridade na abundância das espécies entre as amostras, segundo índice de bray curtis, levou ao reconhecimento de três associações ecológicas (compostas por um total de 14 famílias). estas permitiram individualizar quatro zonas ecológicas distintas ao longo dos dois testemunhos, cuja sucessão temporal está sendo interpretada como resposta à influência de diferentes massas d´água e a variações no aporte de carbono para o compartimento bentônico entre períodos mais quentes e mais frios. alguns dos descritores ecológicos analisados responderam às variáveis geoquímicas, como carbono orgânico total, teor de carbonato e granulometria; e corroboraram as variações climáticas inferidas a partir do modelo de idade construído para cada um dos testemunhos. variações na produtividade primária superficial entre o final do pleistoceno e o início do holoceno (período total abrangido pelos dois testemunhos analisados) foram inferidas a partir de mudanças na importância das espécies epifaunais. embora a área de estudo tenha se caracterizado pela dominância de táxons infaunais indicadores de condições eutróficas, observou-se o aumento da abundância relativa das espécies epistominella exigua e alabaminella weddellensis durante os períodos mais frios (eim 2, 3 e 4) e menores abundâncias no final do eim 5 e início do eim 1. períodos glaciais são caracterizados pela maior frequência e intensidade de eventos de ressurgência e maior fertilização dos oceanos por drenagem continental, resultando em fluxos sazonais de matéria orgânica que propiciam o desenvolvimento destas espécies oportunistas.

Índice de Shannon: 3.66707

Índice de Gini: 0.890052

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,04% 5,86% 4,03% 4,02% 3,19% 8,05% 4,97% 4,48% 4,37% 4,51% 5,07% 4,64% 4,99% 26,84% 7,01% 3,93%
ODS Predominates
ODS 14
ODS 1

4,04%

ODS 2

5,86%

ODS 3

4,03%

ODS 4

4,02%

ODS 5

3,19%

ODS 6

8,05%

ODS 7

4,97%

ODS 8

4,48%

ODS 9

4,37%

ODS 10

4,51%

ODS 11

5,07%

ODS 12

4,64%

ODS 13

4,99%

ODS 14

26,84%

ODS 15

7,01%

ODS 16

3,93%