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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: ENVOLVIMENTO DO INFLAMASSOMA NLRP3 E DO IMUNORRECEPTOR CD300F NO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

Orientador
  • MANUELLA PINTO KASTER
Aluno
  • FERNANDA NEUTZLING KAUFMANN

Conteúdo

O transtorno depressivo maior (tdm) é um transtorno heterogêneo e multifatorial, envolvendo muitos sistemas fisiológicos. estudos têm demonstrado que o estresse crônico, considerado o principal fator de risco ambiental para o tdm, pode promover a desregulação do sistema imune levando a um aumento do perfil inflamatório em pacientes com tdm e em modelo animais de depressão. neste sentido, o objetivo desta tese foi avaliar o envolvimento do inflamassoma nlrp3 e do imunorreceptor cd300f no tdm, duas proteínas expressas na microglia e envolvidas na exacerbação e controle da inflamação, respectivamente. nossos resultados mostram que o estresse crônico imprevisível (eci) aplicado em camundongos swiss fêmeas por 21 dias induziu um comportamento depressivo e prejuízo de memória. além disso, o eci levou a um aumento nos níveis de noradrenalina, diminuição nos níveis de dopamina e aumento nos níveis de il-1¿ no córtex pré-frontal. o tratamento com glibenclamida (5 mg/kg, v.o.) utilizada como um inibidor do nlrp3, foi capaz de prevenir as alterações comportamentais induzidas pelo eci, além de prevenir a diminuição de dopamina e o aumento de il-¿ no córtex pré-frontal. além disso, a glibenclamida per se aumentou os níveis de noradrenalina no córtex pré-frontal. para adicionar um valor translacional aos nossos achados, nós demonstramos que um polimorfismo de troca única no gene nlrp3 (rs10754558, c/g) não está diretamente associado ao diagnóstico de tdm em um estudo transversal de base populacional avaliando 615 indivíduos controles e 485 indivíduos com tdm. contudo, o genótipo gg foi associado a níveis séricos maiores de il-1¿ em indivíduos com o genótipo gg e com o diagnóstico de tdm (avaliando uma subamostra de 161 indivíduos). a fim de avaliar o papel dos imunorreceptores cd300f no tdm, usamos camundongos c57bl/6j com depleção genética dos imunorreceptores cd300f (cd300f-/-). as análises comportamentais demonstraram que os animais fêmeas cd300f-/- com 5 meses de idade apresentam um comportamento depressivo e anedônico que é observado também aos 18 meses de idade. as fêmeas cd300f-/- com 5 meses de idade apresentaram alterações na expressão gênica das citocinas il-6, il1rn e il-10 no cérebro indicando um estado neuroinflamatório moderado e, também apresentaram uma diminuição nos níveis hipocampais de noradrenalina. o tratamento agudo com bupropiona (10 mg/kg, i.p.), um inibidor da recaptação de noradrenalina/dopamina melhorou o comportamento anedônico nas fêmeas cd300f-/-. por outro lado, o tratamento agudo com lipopolissacarídeo (lps, 2 mg/kg i.p.) em camundongos fêmeas cd300f-/- exacerbou o comportamento anedônico quando comparado as fêmeas selvagens que também receberam lps. em humanos, o alelo t do polimorfismo de troca única (rs2034310 c/t) no gene dos imunorreceptores cd300f foi associado à proteção contra o tdm especialmente em mulheres em um estudo transversal de base populacional que incluiu 625 controles e 485 indivíduos com tdm. ao todo, nossos dados em animais ampliam os mecanismos que associam o complexo inflamassoma nlrp3 e o tdm, sugerindo um possível envolvimento da neurotransmissão noradrenérgica e dopaminérgica e, pela primeira vez, caracterizam o potencial dos imunorreceptores cd300f na regulação do humor e dos processos hedônicos. nossos resultados em humanos reforçam a ideia de que o tdm é uma condição heterogênea na qual a identificação de potenciais marcadores genéticos associados à inflamação e respostas neuroimunes podem ser úteis não apenas como biomarcadores de diagnóstico, mas também como novos alvos para uma intervenção farmacológica em grupos específicos de pacientes.

Índice de Shannon: 3.79279

Índice de Gini: 0.910219

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,67% 5,55% 21,86% 4,05% 7,40% 5,62% 4,57% 5,02% 4,47% 4,19% 5,66% 6,37% 3,74% 5,39% 5,68% 5,76%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,67%

ODS 2

5,55%

ODS 3

21,86%

ODS 4

4,05%

ODS 5

7,40%

ODS 6

5,62%

ODS 7

4,57%

ODS 8

5,02%

ODS 9

4,47%

ODS 10

4,19%

ODS 11

5,66%

ODS 12

6,37%

ODS 13

3,74%

ODS 14

5,39%

ODS 15

5,68%

ODS 16

5,76%