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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmacologia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: ADMINISTRAÇÃO INTRANASAL DO FATOR NEUROTRÓFICO DE DOPAMINA CEREBRAL (CDNF) COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA NA DOENÇA DE PARKINSON FLORIANÓPOLIS 2019

Orientador
  • RUI DANIEL SCHRODER PREDIGER
Aluno
  • SAMANTHA CRISTIANE LOPES

Conteúdo

A doença de parkinson (dp) caracteriza-se pela degeneração progressiva de neurônios da substância negra (sn) e o surgimento de sintomas motores clássicos oriundos da redução nos conteúdos de dopamina no estriado. os tratamentos atualmente disponíveis para a dp são satisfatórios para o manejo sintomático; contudo, importantes efeitos adversos tendem a surgir com a cronicidade do tratamento e a eficácia tende a diminuir à medida que a perda neuronal progride. de maneira que o grande desafio da dp, refere-se ao desenvolvimento de uma terapia capaz de retardar ou interromper a progressão da doença. fatores neurotróficos (ntfs) são proteínas endógenas conhecidas por promover a manutenção e sobrevivência de neurônios, protegendo-os de toxinas e lesões. devido às suas propriedades neuroprotetoras e neurorestauradoras, a capacidade terapêutica dos ntfs tem sido testada em várias doenças neurodegenerativas. no âmbito da dp, o potencial de dois principais ntfs, o fator neurotrófico derivado da linhagem de células gliais (gdnf) e a neurturina (nrtn), vem sendo amplamente explorado. e, muito embora exista uma enormidade de resultados favoráveis in vitro e em modelos in vivo da doença, ensaios clínicos usando tais ntfs não têm demonstrado um benefício terapêutico claro. baseando-se no cenário experimental, é possível identificar uma série de possíveis explicações para a falta de sucesso da translação ao cenário clínico; dentre as quais, enfatiza-se: a biodisponibilidade do agente trófico no tecido alvo como um dos grandes desafios no status de desenvolvimento das terapias baseadas em ntfs. recentemente, uma diferente proteína pôde ser adicionada à lista dos ntfs em ensaios clínicos na dp: o fator neurotrófico de dopamina cerebral (cdnf). o cdnf é um dos integrantes de uma família de ntfs não convencionais, que são estruturalmente e mecanisticamente distintos de outros ntfs. desde sua descoberta, o cdnf tem renovado as expectativas a respeito das terapias baseadas em ntfs para a dp, ainda que seu efeito sobre o estágio avançado da doença permaneça controverso. assim, o intuito principal do presente trabalho foi avaliar o possível efeito neurorestaurador do cdnf quando administrado pela via intranasal (i.n.) em um modelo animal que reflete o estágio avançado da dp e sua associação com a terapia padrão-ouro atual. para isso, um extenso estudo comportamental foi realizado a fim de avaliar a função motora e não motora dos animais; anterior à análise dos níveis cerebrais do cdnf e do nível de lesão dopaminérgica induzida pela 6-ohda. o cdnf i.n. foi capaz de atenuar e/ou reverter a disfunção motora quando avaliado no teste do rotarod, teste do cilindro, testes de equilíbrio em barra horizontal, teste do adesivo, teste do campo aberto, teste de descida em barra vertical, teste da caminhada em escada horizontal e teste da pegada. além de demonstrar efeitos positivos sobre a memória avaliada através teste do labirinto em y e do comportamento anedônico avaliado no teste de borrifada com sacarose em animais lesionados unilateralmente com a 6-ohda. a administração do cdnf i.n. demonstrou ser uma abordagem segura, segundo os indicadores de peso corporal dos animais e índice de sobrevivência. o cdnf i.n. reduziu significativamente a neurodegeneração dopaminérgica na sn de animais lesionados com a 6-ohda, observada 8 meses após a administração do ntf por via i.n. além disso, a administração i.n. crônica do cdnf associado ao tratamento padrão com a l-dopa, demonstrou um potencial sinérgico sobre danos da função motora induzidos pela lesão com a 6-ohda. por fim, foi demonstrado que os níveis do cdnf no estriado de animais idosos encontra-se reduzido, enquanto a lesão dopaminérgica parece inerte às concentrações do ntf à nível estriatal. tomados em conjunto, esses resultados sugerem que a estratégia de utilização da via i.n., confere à terapia baseada no uso de ntfs, um meio eficaz e não invasivo para a entrega do suprimento trófico. em especial, a conjuntura à qual foi testado o cdnf por via i.n. torna ainda mais relevante os efeitos observados com o método de entrega do ntf. seu potencial em reverter prejuízos motores, cognitivos, de emocionalidade e a possibilidade de associação com a l-dopa em um modelo que se relaciona às fases avançadas da dp, difere das estratégias até então utilizadas na pesquisa com o cdnf. todos esses aspectos somados tornam o trabalho singular e repleto de perspectivas positivas para o campo de ntfs na dp.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.70917

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,14% 4,25% 25,43% 6,23% 3,74% 5,20% 4,82% 4,61% 5,74% 6,32% 5,07% 3,66% 3,38% 6,29% 4,67% 6,47%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,14%

ODS 2

4,25%

ODS 3

25,43%

ODS 4

6,23%

ODS 5

3,74%

ODS 6

5,20%

ODS 7

4,82%

ODS 8

4,61%

ODS 9

5,74%

ODS 10

6,32%

ODS 11

5,07%

ODS 12

3,66%

ODS 13

3,38%

ODS 14

6,29%

ODS 15

4,67%

ODS 16

6,47%