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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: RITMOS DO DISCURSO DO PODER EM MACBETT: UMA TRADUÇÃO DA PEÇA DE EUGÈNE IONESCO

Orientador
  • DIRCE WALTRICK DO AMARANTE
Aluno
  • MARINA BENTO VESHAGEM

Conteúdo

Este trabalho propõe uma tradução da peça macbett (1972), de eugène ionesco, partindo empiricamente do discurso do texto para chegar a uma análise de seus ritmos, e logo, dos seus modos de significar. para embasar a ideia de que o que se traduz é o ritmo, desenvolve-se o conceito de ritmo na linguagem, diferente daquele visto como alternância regular entre tempos fortes e fracos. assim, desvinculando-se da música e de uma métrica prévias, ele passa a ser definido como a organização do sentido no discurso, que produz uma semântica própria, a significância. renovada pelo programa do ritmo, a tradução será entendida aqui como uma maneira de agir sobre a linguagem – contra a lógica do signo que cria dualidades –, razão pela qual os conceitos que se imbricam em sua definição, como ritmo, discurso, sujeito, sentido e oralidade, são trabalhados juntos e forçados em seus limites. essas discussões e definições têm embasamento principalmente nas teorias de henri meschonnic, desenvolvidas nos livros poética do traduzir (2010) e critique du rythme: anthropologie historique du langage (1982). a partir disso, defende-se que o discurso da peça de ionesco é o da engrenagem do poder, mais especificamente do biopoder. são três os ritmos que organizam tal discurso e atuam para manter a estrutura do poder: o ritmo do motim, o ritmo da hierarquia e o ritmo da soberania. há ainda um quarto ritmo, que age de fora do sistema, o ritmo do oráculo, das feiticeiras. este é capaz de fazer a engrenagem do poder continuar funcionando, quando através da aposta no falso e na ambiguidade, apropria-se da linguagem dos outros ritmos. já que entendemos que o ritmo se mostra pela oralidade – que manifesta o gesto, o corpo e o subjetivo na linguagem tanto no escrito quanto no falado –, esta tese dispõe-se a analisar casos de inscrição dos ritmos em macbett não apenas no texto escrito, como também em situações de enunciação, algumas de suas encenações: o áudio da montagem de jacques mauclair (1972), o vídeo da encenação de jorge lavelli (1992), uma leitura privada com atores em marseille (2018) e o espetáculo do grupo les crevettes in the pick-up (festival de teatro de avignon, 2018).

Índice de Shannon: 3.8193

Índice de Gini: 0.91778

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,67% 3,94% 5,78% 9,89% 5,14% 3,85% 9,41% 6,42% 7,66% 4,48% 5,81% 3,69% 4,38% 4,51% 3,73% 17,65%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

3,67%

ODS 2

3,94%

ODS 3

5,78%

ODS 4

9,89%

ODS 5

5,14%

ODS 6

3,85%

ODS 7

9,41%

ODS 8

6,42%

ODS 9

7,66%

ODS 10

4,48%

ODS 11

5,81%

ODS 12

3,69%

ODS 13

4,38%

ODS 14

4,51%

ODS 15

3,73%

ODS 16

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