Inserir a pessoa com deficiência no ambiente de trabalho não implica necessariamente em sua inclusão. as instituições devem promover a permanência dessas pessoas em suas funções de maneira justa e igualitária aos demais trabalhadores. isso requer a análise das condições estruturais, funcionais e sociais do ambiente que irá receber a pessoa com deficiência, para que sua admissão não seja apenas em razão do cumprimento legal da reserva de vagas. dessa forma, conhecer como ocorrem esses processos é importante para que, além de ser cumprida a legislação, atinja-se a finalidade das políticas públicas de assegurar a inclusão dos servidores com deficiência no ambiente profissional. sendo assim, esta dissertação tem como objetivo aprimorar o processo de inclusão dos servidores com deficiência na universidade federal de santa catarina. para atingi-lo foram definidos como procedimentos metodológicos a realização de uma pesquisa qualitativa, classificada como descritiva e aplicada, sendo um estudo de caso na ufsc. a base teórica permeou os seguintes assuntos: gestão universitária, evidenciando as questões da área de pessoal; questões centrais a respeito da deficiência, bem como concepções importantes acerca das barreiras, acessibilidade e inclusão social; aspectos relativos à inclusão de pessoas com deficiência na administração pública e o papel desempenhado pela equipe multiprofissional. o desenvolvimento da pesquisa foi realizado em 04 (quatro) etapas: descrição da atuação da equipe multiprofissional de acompanhamento aos servidores da ufsc com deficiência (emapcd), por meio de entrevistas com 05 (cinco) membros da equipe e da análise de documentos e relatórios; identificação do perfil dos servidores com deficiência da ufsc, com a obtenção de dados secundários obtidos junto à emapcd; verificação da percepção dos servidores com deficiência quanto às barreiras enfrentadas, recorrendo ao envio de questionário online, encaminhado aos 100 (cem) servidores identificados na etapa anterior, obtendo-se 27 (vinte e sete) respostas. por fim, na última etapa, foram formuladas 22 (vinte e duas) recomendações para aprimorar o processo de inclusão. considera-se que 12 (doze) das recomendações estão diretamente relacionadas com o planejamento de uma política institucional que, se implementadas, podem contribuir no embasamento necessário à elaboração de uma resolução normativa. as demais recomendações são proposições para a melhora da estrutura de atendimento aos servidores com deficiência, bem como para dar visibilidade à importância das questões de acessibilidade e inclusão desses servidores a todos os integrantes da comunidade universidade.