O curso de medicina veterinária, de acordo com o conselho federal de medicina veterinária (cfmv) 2025, foi regulamentado pelo decreto 23.133. o último censo apresentado pelo respectivo conselho informa da existência de 145,6 mil profissionais regulamentados até novembro de 2020. o referido curso tem passado por constantes transformações, motivadas pelas diretrizes curriculares nacionais e pela crescente demanda por profissionais mais bem preparados para lidar com os desafios da saúde animal, pública e ambiental. diante das diversas modificações que o afetaram, essa pesquisa teve por objetivo principal mapear convergências e divergências internas na gestão da reestruturação curricular dos cursos de medicina veterinária em instituições de ensino superior públicas catarinenses, sob a perspectiva dos gestores institucionais. neste sentido, optou-se por uma abordagem qualitativa, com análise documental e entrevistas semiestruturadas, buscando compreender não apenas o conteúdo dos currículos, mas também os processos institucionais e decisórios envolvidos em sua reformulação. os resultados evidenciaram que, embora existam elementos em comum entre os cursos ofertados nas ies catarinenses, como a incorporação de disciplinas voltadas à interdisciplinaridade, saúde única e extensão, também foram identificadas disparidades significativas no que tange à infraestrutura, maturidade institucional. o estudo também demonstrou que a atuação dos coordenadores de curso, embora fundamental, se dá predominantemente em uma lógica reativa, voltada à resolução de problemas cotidianos, dificultando sua participação estratégica e envolvimento nos processos de planejamento e inovação pedagógica. no específico, as dificuldades enfrentadas pelos coordenadores incluem resistência dos pares, sobrecarga de trabalho, falta de apoio institucional e entraves burocráticos, fatores que comprometem a efetividade das mudanças curriculares propostas. como conclusão foram mapeadas as principais convergências observadas se referem à busca por atender às novas diretrizes curriculares nacionais, à valorização da extensão universitária e à tentativa de integração entre teoria e prática. já as principais divergências dizem respeito à infraestrutura disponível, e à maturidade na gestão dos cursos. a pesquisa permitiu perceber que, apesar da relevância inerente ao papel do coordenador de curso no processo de reestruturação curricular, este se apresentou mais associado à gestão operacional do que à formulação estratégica, o que aponta para a necessidade de revisão das práticas operacionais e estrutura de governança acadêmica nas instituições analisadas.