No âmbito de urgência e emergência, o acolhimento com classificação de risco representa uma das ações primordiais para a reestruturação da rede assistencial de saúde. neste sentido, a política nacional de humanização (pnh) do sistema único de saúde enfatiza a importância do acolhimento com classificação de risco. o estudo teve como objetivo geral: avaliar a aplicabilidade do protocolo de acolhimento com classificação de risco em pediatria em um serviço de emergência pediátrica e como objetivos específicos: caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de crianças e/ou adolescentes atendidas em um serviço de emergência pediátrica e utilizar o protocolo de acolhimento com classificação de risco em pediatria em um serviço de emergência pediátrica. trata-se de um estudo transversal, prospectivo e descritivo, de abordagem quantitativa. os participantes do estudo foram constituídos por quatro enfermeiras que atuam em um serviço de emergência pediátrica do sul do país. a coleta de dados ocorreu em quatro etapas, sendo: aproximação com o instrumento de tecnologia em saúde, capacitação, utilização do protocolo e caracterização das crianças e/ou adolescentes atendidos e avaliação do protocolo. a análise para identificar o perfil das crianças e/ou adolescentes foi realizada por meio do programa estatístico spss v.25. o protocolo foi utilizado com uma amostra de 379 crianças e/ou adolescentes, no período de julho a setembro de 2019. nesta etapa foram registrados os seguintes dados dos atendimentos: sexo, idade, queixa principal, cor da classificação e destino. a avaliação do protocolo foi realizada através da escala likert, com 5 pontos de resposta, variando entre discordo totalmente a concordo totalmente a respeito dos objetivos, fluxos, domínios e aplicabilidade do protocolo proposto na prática. como resultados foram obtidos um manuscrito e um produto. sendo que, o manuscrito apresentou o perfil sociodemográfico de crianças e adolescentes no serviço de emergência pediátrica e que apresentou prevalência de atendimentos do sexo masculino com 50,1%, de queixas respiratórias (31,7%) e de 4,6 mais atendimentos no período vespertino e classificação na cor verde (65%), seguida da cor amarela (20%), com internações, observações e transferências prevalentes nas cores vermelha, laranja e amarela e ainda 92,1% das crianças atendidas foram liberadas após atendimento médico. já o produto atingiu concordância, com média acima de 87,5% em 15 dos 16 questionamentos, entre os participantes do estudo, que consideram o protocolo como válido para ser utilizado na realidade do serviço, bem como tece recomendações para a possível implantação do acolhimento com classificação de risco. conclui-se que a classificação de risco prioriza o atendimento das crianças e/ou adolescentes mais graves, trazendo mais segurança ao paciente pediátrico, que busca corretamente o serviço de emergência pediátrica por apresentar um quadro clínico que necessite atendimento breve, seguro e de qualidade.