Esta pesquisa investiga questões relacionadas à identidade judaica na terceira geração do holocausto e sua representação no romance uma vida iluminada (2002) escrito por jonathan safran foer e a adaptação fílmica dirigida por liev schreiber (2005). a análise consiste em examinar e discutir como o tema identidade é desenvolvido nos personagens principais e possivelmente alterado após sua viagem realizada para a cidade fictícia chamada trachimbrod, na ucrânia. a jornada revela temas relacionados a memória e trauma herdados, os quais são incluídos no livro e no filme. os personagens jonathan e alex são os narradores da história e eles representam dois lados da mesma moeda. jonathan é um judeu que mora nos estados unidos e desconstrói a visão ideal de vida judaica, tem como idealismo da comunidade judaica antes da guerra. jonathan finalmente entende que a esmagadora presença da herança do silêncio é enraizada em suas questões de identidade. por outro lado, alex, seu guia e tradutor na ucrânia, tem o sonho de se mudar para os estados unidos, pois ele e seu irmão sofrem com a violência doméstica infringida por seu pai. alex é capaz de se libertar da vida abusiva após o contato com as memórias traumáticas de seu avô. ao contrario de jonathan, alex demonstra que falar sobre traumas passados pode trazer cura e fomentar novos começos. a teoria desta dissertação partirá de duas fontes principais: o crítico zygmunt bauman guia a investigação ao discutir a representação de identidade; enquanto marianne hirsch é a fonte dos conceitos relacionados a memória e trauma herdados. muito já foi escrito sobre o holocausto, e nesse estudo não é possível englobar o assunto na íntegra. no entanto, a discussão nunca acaba, pois as consequências dos eventos que aconteceram há mais de setenta anos continuam a serem sentidas hoje.