
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Dissertação
Título: URUGUAI: REVOLUÇÃO PASSIVA E DINÂMICA HISTÓRICO-TERRITORIAL
Orientador
- MARCOS AURELIO DA SILVA
Aluno
- LEANDRO MORAES VIDAL
Conteúdo
Constitui esta pesquisa uma contribuição ao estudo da transição ao capitalismo no uruguai, em sua dimensão territorial. do ponto de vista metodológico, a categoria marxista de formação social (equivalente à formação sócio-espacial dos geógrafos) constitui o eixo de uma análise deste tipo, ao adotar a própria unidade do movimento histórico como premissa para o estudo da sociedade. no caso da formação social uruguaia, procurou-se realizar uma análise de suas transformações histórico-territoriais a partir da categoria de revolução passiva, consagrada por antonio gramsci em seus estudos sobre o processo de unificação nacional italiano, mas pertinente a todos os casos nacionais em que a transição à ordem burguesa não se faz preceder de uma ruptura revolucionária, mas antes implica em lenta evolução, marcada por soluções de pacto e compromisso com o velho regime. concebido em 1828, como solução diplomática diante dos conflitos que opunham os interesses do brasil, da argentina e das grandes potências imperialistas pelo controle estratégico do estuário do rio da prata, o estado uruguaio forjou sua existência no decorrer de um lento e contraditório processo de consolidação institucional. essencialmente este processo consistiu no desenvolvimento de formas capitalistas modernas de produção, que evoluíram fortemente combinadas a formas sociais pré-capitalistas, notadamente o latifúndio pastoril. relações sociais marcadas pelo autoritarismo, uma profunda desigualdade na produção da renda, a formação de um bloco agrário conservador através da mediação de intelectuais de tipo tradicional, imobilismo econômico e rigidez das formas políticas, são as marcas distintivas do predomínio do latifúndio em uma formação social: tais marcas constituem igualmente os elementos da tese, na dialética da revolução passiva uruguaia. em nível territorial, estes elementos se traduziam em uma relação cidade-campo desequilibrada, desigualdade que o desenvolvimento da produção capitalista não fará senão aprofundar. à medida, contudo, em que as relações burguesas de produção encontram na sociedade uruguaia o caminho de seu desenvolvimento inexorável (na forma de síntese dialética com as formas pré-capitalistas, acordo e compromisso político com a velha ordem) elas geram os seus próprios elementos de antítese. no uruguai, este segundo momento encontra sua fase aguda quando, na virada do século xx, uma nova composição demográfica e o esgotamento do modelo exclusivamente agroexportador dão forma a um novo bloco de forças sociais, representado pela pequena produção mercantil de origem europeia, a industrialização, a formação de uma classe média urbana e a emergência da classe operária e do sindicalismo: elementos da antítese ao latifúndio pastoril. através de uma periodização destas etapas, acredita-se que esta pesquisa tenha contribuído para demonstrar a pertinência e a viabilidade de se compreender a dialética da transição ao capitalismo no uruguai à luz da reflexão gramsciana.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.97636
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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6,39% | 5,25% | 6,49% | 5,57% | 6,80% | 4,90% | 5,40% | 7,67% | 6,20% | 7,84% | 7,69% | 4,78% | 6,73% | 5,62% | 4,50% | 8,16% |
ODS Predominates


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4,90%

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