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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: O SENTIDO DO DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE PARA A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO/APRENDIZ.

Orientador
  • ANA PAULA DE OLIVEIRA SANTANA
Aluno
  • RITA DE CASSIA FERNANDES

Conteúdo

O objetivo desta pesquisa é refletir sobre as implicações decorrentes do processo de patologização da educação para a formação da subjetividade e aprendizagem do aluno considerado hiperativo/desatento. partiu-se da hipótese de que o processo de discursivização desfavorável, entendido como a constituição de discursos estigmatizantes que se instauram em torno do aluno (e seus familiares), pode afetar o desenvolvimento dele dentro e fora da escola, conduzindo, muitas vezes, ao diagnóstico clínico de tdah. a fim de implementar o estudo, realizou-se análise da história de dois sujeitos, de 10 e 12 anos de idade, diagnosticados com tdah. os dados foram gerados por meio de entrevistas com as crianças, suas mães e professores, além de observação participante em sala de aula, avaliação fonoaudiológica individual e análise de material documental (pareceres descritivos das escolas frequentadas pelas crianças – atuais e pregressos – atividades pedagógicas desenvolvidas no decorrer da escolaridade, agendas, cadernos, livros, etc, e pareceres avaliativos clínicos). os dados da pesquisa qualitativa foram analisados conforme a abordagem dialógica, de bakhtin (2008). os resultados confirmam a hipótese de que a discursivização desfavorável acarreta prejuízos ao aluno, uma vez que ele passa a assimilar parte das percepções de seu grupo de convívio. por meio da análise de discursos que transita(ra)m no entorno do aluno, pôde-se compreender como os “sintomas” do chamado tdah foram sendo construídos no decorrer da escolaridade. como consequência, os sujeitos desta pesquisa vivenciam a exclusão escolar (e social) e apresentaram dificuldades no processo de alfabetização – sem ter uma alteração constitutiva que pudesse justificar qualquer problema. assumindo os postulados de vygotsky (1984), de que a atenção e os demais processos psicológicos superiores são funções cognitivas que se formam na vigência da intersubjetividade, e os de bakhtin (2006), de que construímos nossa autoimagem em meio ao olhar do outro, conclui-se que o aluno considerado “resistente” ao que é imposto pela escola, isto é, “hiperativo/desatento”, longe de apresentar sintomas de um suposto transtorno psiquiátrico, pode manifestar sinais de sofrimento e rejeição à sala de aula como uma resposta à qualidade das interações sociais que se estabelece(ra)m no contexto escolar. desse modo, cabe ao clínico, antes de aderir ao discurso patologizante sobre o aluno, investigar a que ele responde. a pesquisa aponta para a necessidade de se promover rupturas com paradigmas pautados no “sujeito ideal”, o que poderia ocorrer mediante a atuação do fonoaudiólogo escolar. este profissional poderia contribuir para a construção de uma escola inclusiva, norteada pelos princípios do direito à diversidade, à identidade e à autonomia.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98774

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,46% 5,77% 7,31% 6,27% 6,45% 5,20% 6,06% 7,96% 6,85% 5,97% 7,16% 6,52% 4,88% 6,41% 5,16% 6,57%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

5,46%

ODS 2

5,77%

ODS 3

7,31%

ODS 4

6,27%

ODS 5

6,45%

ODS 6

5,20%

ODS 7

6,06%

ODS 8

7,96%

ODS 9

6,85%

ODS 10

5,97%

ODS 11

7,16%

ODS 12

6,52%

ODS 13

4,88%

ODS 14

6,41%

ODS 15

5,16%

ODS 16

6,57%