
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: FALANDO GÊNERO: A CONSTRUÇÃO CON-TEXTUAL DAS IDENTIDADES DO GÊNERO
Orientador
- BRIGIDO VIZEU CAMARGO
Aluno
- ALEXANDER HOCHDORN
Conteúdo
O tópico da presente pesquisa é centrado no posicionamento discursivo entre atores sociais, cuja identidade de gênero se difere de uma perspectiva dicotômica dos sexos, e contextos caracterizados por acepções principalmente heteronormativas. foram pesquisadas as margens de agenciamento, dentro das quais uma pessoa em transição entre os gêneros reivindica uma representação do self, diante das peculiares estruturas simbólicas e normativas de contextos específicos de interação. com a finalidade de captar os processos, por meio dos quais se desenvolve uma representação do selfcomo identidade generizada, foi analisado o grau de agenciamento diante das práticas de posicionamento em três contextos: realidade carcerária, mundo do trabalho e ambiente familiar. o objetivo da tese é compreender quanto as/os transgêneras/os reproduzem certos idealtipos generizados, diante das coordenadas simbólicas do contexto, da situação das interações cotidianas, e também da especificidade dos meta-artefatos linguísticos que circunscrevem áreas de significados declinados no feminino ou no masculino. as representações do self e do outro, em uma ótica socioconstrucionista, são articuladas ao longo de produções discursivas entre interações cotidianas e superestruturas culturais e normativas. o discurso, conforme esta perspectiva, é entendido como artefato de mediação que gera significados partilhados. o corpo dos dados consiste, por isso, na coleta de material discursivo nos seguintes contextos: a) seis entrevistas semi-estruturadas com os funcionários penitenciários que, com título diverso, prestam serviço no novo complexo penitenciário de sollicciano (florença); b) cinco entrevistas em profundidade com as detidas transgêneras reclusas no mesmo instituto; c) sete entrevistas em profundidade com pessoas transgêneras em contextos privados e de trabalho e d) três diários escritos por pessoas transgêneras, contatadas em associações sociopolíticas no centro e no norte da itália. estes dados textuais foram estudados por meio de duas perspectivas metodológicas: 1) análise crítica da estrutura ideológica do discurso, em referência à produção de significados implícitos. os repertórios simbólicos foram associados à macrocategorias conceituais, por meio de um software para a análise de forma e semiótica: transana. 2) análise quali-quantitativa do conteúdo semântico e da organização lexical com o programa para a classificação hierárquica descendente de dados textuais: alceste. emergiu a partir dos resultados que os elementos constitutivos da produção discursiva (léxico, semântica, semiótica) geram repertórios narrativos semelhantes à estrutura da representação do self e do outro. estas unidades de significado respondem à pergunta da presente pesquisa, focada no posicionamento de gênero e con(texto). portanto foi apontada a intersecionalidade sequencial entre as seguintes variáveis: dualismo de gênero ? assimetria de poder ? desigualdade ? discriminação ? representação de gênero reificada. emergiram deste processo diferentes práticas normativas, estruturais e de interação, que, por meio de universos de sentido e sistemas de ação socialmente partilhados, culturalmente legitimados e discursivamente institucionalizados, produzem significados e idealtipos generizados, aninhados em horizontes temporais, cenários relacionais e limites contextuais. a respeito do contexto carcerário, as margens de posicionamento são relegadas dentro de parâmetros institucionalizados do sistema penitenciário. a linguagem assume, sobretudo, uma função reificante a partir do momento em que as categorias semânticas definem os vínculos normativos entre si e o contexto. contudo, a identidade de gênero resulta ser circunscrita por fronteiras discursivas precisas. no que concerne às realidades familiares e de trabalho, as representações do self como transgênera/o variam conforme as coordenadas simbólicas situadas no hic et nunc. as superestruturas normativas impregnam o discurso, sobretudo em nível implícito. o agenciamento, no processo de afirmação da própria identidade de gênero, depende da especificidade do contexto e das diversas modalidades de posicionamento entre o self e o outro.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.9834
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
5,01% | 5,86% | 7,52% | 6,20% | 6,39% | 5,20% | 6,04% | 7,58% | 7,97% | 5,32% | 7,17% | 6,99% | 5,05% | 6,58% | 5,07% | 6,05% |
ODS Predominates


5,01%

5,86%

7,52%

6,20%

6,39%

5,20%

6,04%

7,58%

7,97%

5,32%

7,17%

6,99%

5,05%

6,58%

5,07%

6,05%