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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: JORNALISMO VIGILANTE SOB VIGILÂNCIA: VULNERABILIDADES E POTENCIALIDADES DO JORNALISMO INVESTIGATIVO BRASILEIRO

Orientador
  • ROGERIO CHRISTOFOLETTI
Aluno
  • RICARDO JOSE TORRES

Conteúdo

O contexto atual de vigilância comunicacional em meios digitais exige dos jornalistas investigativos um senso permanente de sua vulnerabilidade e a adoção de uma cultura de segurança digital. jornalistas que desenvolvem investigações jornalísticas sobre temas sensíveis enfrentam as possibilidades de intervenção relacionadas à vigilância das comunicações, interceptação e armazenamento de dados pessoais e o monitoramento de ações jornalísticas no ecossistema digital. a partir desse panorama, o presente estudo é orientado pelo seguinte problema de pesquisa: diante da vigilância digital massiva realizada por governos e corporações, quais são as principais vulnerabilidades e potencialidades do jornalismo investigativo brasileiro? parte-se dos seguintes pressupostos: a investigação jornalística transpassada pelas possibilidades tecnológicas pode ser limitada por ferramentas de vigilância comunicacional; as ferramentas de comunicação digital facilitam a projeção de ações ligadas ao jornalismo, ao ativismo e de hacktivistas e, ao mesmo tempo, fazem emergir a urgência da proteção das comunicações e fontes dos jornalistas; a desproporção entre a capacidade de vigilância do estado e de grandes corporações transnacionais em relação ao jornalismo gera consequências nocivas à democracia. nosso principal objetivo é examinar ações que envolvem o jornalismo investigativo, apontando potencialidades e vulnerabilidades no ecossistema digital. os objetivos específicos são observar a emergência de tensionamentos impostos pela vigilância relacionados ao jornalismo investigativo, verificar implicações resultantes da possibilidade de intrusão comunicacional na atividade jornalística contemporânea e defender a necessidade de estímulos e convenções relacionadas com a formatação de uma cultura de riscos digitais para jornalistas. o percurso metodológico adotado está organizado em quatro etapas distintas. inicialmente, desenvolvemos uma pesquisa exploratória e revisão bibliográfica que discute questões teóricas e delimita os caminhos metodológicos mais adequados aos objetivos. na sequência, realizamos o mapeamento de casos concretos e ações jornalísticas relacionadas às diferentes formas de vigilância digital realizadas em contextos distintos a partir de apontamentos e condutas indicadas em relatórios de agressões à jornalistas e ataques à liberdade de imprensa. na terceira etapa, selecionamos jornalistas investigativos para realização de entrevistas em profundidade, três para validação do roteiro de perguntas e seis para a efetivação da técnica de pesquisa. em seguida, avaliamos as entrevistas por meio de protocolos e ferramentas de análise, elencando os aspectos percebidos, adequados e negligenciados nas investigações jornalísticas realizadas em espaços digitais potencialmente vigiados. na quarta etapa, utilizamos a técnica de pesquisa survey, baseada na amostragem bola de neve (goodman, 1961), para aplicação de 78 questionários a jornalistas investigativos ligados à abordagem de assuntos sensíveis, sendo que 60 foram validados. os resultados apontam as ações que estão sendo desenvolvidas, assim como as lacunas e problemáticas que envolvem a vigilância digital, o vazamento de dados e o acesso às novas fontes de informação no ambiente digital. também apresentam práticas jornalísticas relevantes em matéria de vigilância das comunicações, aspectos negligenciados pelos profissionais, identificação de ferramentas e condutas para minimização da intrusão comunicacional, vulnerabilidades e possibilidades presentes nas investigações jornalísticas contemporâneas.

Índice de Shannon: 3.2471

Índice de Gini: 0.816263

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
2,50% 3,48% 4,34% 3,60% 3,08% 2,91% 2,99% 3,71% 38,74% 2,43% 5,77% 2,93% 3,05% 3,92% 4,00% 12,53%
ODS Predominates
ODS 9
ODS 1

2,50%

ODS 2

3,48%

ODS 3

4,34%

ODS 4

3,60%

ODS 5

3,08%

ODS 6

2,91%

ODS 7

2,99%

ODS 8

3,71%

ODS 9

38,74%

ODS 10

2,43%

ODS 11

5,77%

ODS 12

2,93%

ODS 13

3,05%

ODS 14

3,92%

ODS 15

4,00%

ODS 16

12,53%