A geopolimerização é uma técnica que permite transformar diversas fontes ricas em óxidos de alumínio e sílica em materiais aglutinantes com características similares às do cimento portland, através de uma polimerização inorgânica conduzida por ativação alcalina. entre as fontes estão rejeitos industriais, com destaque para a cinza volante. a obtenção de resistência mecânica satisfatória depende principalmente, mas não apenas, da composição química dos materiais de partida, de parâmetros de dosagem, e condições de cura. sendo assim, foi proposto um estudo exploratório em geopolímeros a base de cinza volante ativada com solução de hidróxido de sódio. para tanto, variaram-se fatores como a concentração molar (8m, 12m e 16m) e a relação entre solução ativadora e cinza volante (valores de 0,50, 0,55 e 0,60); além da temperatura de cura (45°c, 65°c e 85°c). foram obtidos sólidos maciços submetidos aos ensaios de resistência à flexão e compressão nas idades de 1, 3, 7 e 28 dias. para uma temperatura de cura inferior (45°c), quanto menor a concentração, maior a resistência obtida; embora os corpos-de-prova tenham apresentado baixo desempenho mecânico. para as temperaturas superiores, concluiu-se que maiores concentrações molares tendem a produzir um material com melhor desempenho mecânico, sendo que a combinação 16 m com temperatura de 85°c apresentou os melhores resultados. o efeito da relação solução ativadora por cinza volante, na resistência à flexão e compressão, parece estar condicionada à concentração molar e merece uma maior investigação. no que diz respeito à idade, percebe-se que não há significativa evolução do desempenho mecânico ao longo do tempo. como consideração final, destaca-se o potencial do cimento geopolimérico, em que foi possível obter valor de resistência média a flexão de até 5 mpa e até 24 mpa para resistência à compressão de pastas contendo cinza volante ativada alcalinamente com hidróxido de sódio.