Este estudo teve como objetivo analisar os fatores relacionados à implementação dos cuidados de enfermagem de idosos hospitalizados que impactam nas ações de prevenção de quedas. pesquisa de método misto, exploratório sequencial dos dados. trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva foi realizada com 43 profissionais de enfermagem, além de nove representantes dos enfermeiros do comitê executivo de segurança do paciente. a abordagem quantitativa foi realizada por meio de estudo transversal, com 103 idosos hospitalizados em um hospital universitário no sul do brasil. os dados qualitativos foram coletados através de entrevista semiestruturada e análise de conteúdo temático durante os meses de junho a outubro de 2019, dando origem a seis categorias temáticas: adesão planejada para a prevenção de queda dos idosos hospitalizados; o acompanhante do idoso hospitalizado na prevenção de queda; o ambiente do idoso hospitalizado e o risco de queda; sensibilização para a cultura de segurança na prevenção do evento queda; fortalecimento da sistematização da assistência de enfermagem voltada à prevenção de queda; e, socialização do plano de segurança do paciente como estratégia para a prevenção do evento queda. a partir da abordagem qualitativa, seguiu-se o estudo transversal com coleta de dados no período de novembro de 2019 a fevereiro de 2020, através do roteiro de identificação do risco de queda de idosos hospitalizados associado à escala de morse e ao mini exame de estado mental. para análise dos dados quantitativos utilizou-se o programa estatístico statistical package for social sciences (versão 25.0). por meio do teste de qui-quadrado verificou-se associação entre escala de morse e sexo, unidade de internação e escolaridade. no comparativo da média da idade dos idosos, entre as categorias do rastreamento cognitivo, utilizou-se o teste t para amostra independente. quanto à comparação da média de idade dos idosos hospitalizados, com as categorias de risco de queda da escala de morse, utilizou-se o teste de anova. analisaram-se as variáveis categóricas descritivas por meio de frequência simples, valor absoluto e relativo e porcentagens, com destaque para a alta presença do acompanhante (85,4%) e a baixa orientação destes em relação ao cuidado na prevenção de quedas (16,5%), além do baixo registro nos prontuários (59,2%) da avaliação do risco de quedas pelos enfermeiros. os testes estatísticos foram considerados significativos para escolaridade na associação com risco de queda segundo a escala de morse (p=0,011). as médias de idade apresentaram diferenças (anova; p=0,034); os pacientes com risco de queda baixo possuem idade menores de 64,5 anos quando comparados à idade média dos idosos que possuem risco de queda alto (71,8 anos). na interação dos dados qualitativos e quantitativos, observa-se que a subjetividade do olhar da enfermagem sobre o fenômeno de estudo não corresponde à efetividade dos cuidados na prevenção de queda. conclui-se que as ações de enfermagem para a prevenção de quedas estão mais presentes na manifestação de sua importância do que propriamente nas avaliações do risco seguidas do planejamento sistemático de medidas de segurança voltadas para o cuidado individualizado à pessoa idosa.