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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA NOS GASTOS CATASTRÓFICOS EM SAÚDE NO BRASIL: ANÁLISE DA PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES 2002-3 E 2008-9

Orientador
  • KAREN GLAZER DE ANSELMO PERES
Aluno
  • ALEXANDRA CRISPIM DA SILVA BOING

Conteúdo

Na presente tese objetivou-se analisar a prevalência e as desigualdades socioeconômicas nos gastos catastróficos em saúde (gcs). adicionalmente, descreveu-se a variação na proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza (lp) em 2002-3 e 2008-9 ao se deduzir os diferentes tipos de gastos em saúde de seus rendimentos. as análises foram realizadas a partir dos dados da pesquisa de orçamentos familiares de 2002-3 (n=48.470 domicílios) e 2008-9 (n=55.970 domicílios). o gcs foi definido como despesas em excesso de 10% e 20% do consumo total e 40% da capacidade de pagamento dos domicílios. o indicador econômico nacional e a escolaridade do chefe da família foram consideradas variáveis socioeconômicas. a desigualdade socioeconômica foi estimada através da diferença relativa entre as taxas, a razão das taxas e o índice de concentração. os gastos catastróficos variaram entre 0,7% a 21,0%, a depender do ponto de corte. foi identificado aumento na prevalência de gcs entre 2002-3 e 2008-9 de 25,0% quando utilizado o ponto de corte de 20% em relação ao total de consumo e de 100% quando se utilizou o ponto de 40% da capacidade de pagamento. observou-se aumento da desigualdade socioeconômica na prevalência de gasto catastrófico em saúde no brasil entre 2002-3 e 2008-9, sendo que a prevalência foi de até 5,20 vezes maior entre os mais pobres e 4,17 vezes maior entre os menos escolarizados. para responder aos objetivos referentes à descrição e variação na proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza no brasil, utilizaram-se dois pontos de corte para definir pobreza: rendimento per capita diário inferior a us$2,0, conforme proposto pelo banco mundial (bm), e rendimento per capita mensal inferior a r$100,0 (2002-3) e r$140,0 (2008-9), conforme recomendado pelo programa bolsa família (pbf). para identificar os fatores sociodemográficos associados ao empobrecimento dos domicílios foi utilizada regressão logística multivariável. houve aumento da proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza no brasil após a subtração dos gastos em saúde. considerando-se a lp recomendada pelo bm, em 2002-3 o acréscimo foi de 2,5 pontos percentuais (ou 7,7%) e em 2008-9 de 1,3 ponto percentual (ou 21,7%). já na lp utilizada pelo pbf a variação foi de 1,6 (11,9%) e 1,3 (17,3%) ponto percentual, respectivamente. os gastos com medicamentos foram os que mais contribuíram para o aumento de domicílios pobres. os fatores associados com o empobrecimento, segundo lp do bm, foram residir na área rural, apresentar pior situação econômica e presença de crianças no domicilio. quando utilizada a lp do bolsa família os fatores associados foram apresentar pior situação econômica e presença de crianças no domicilio. os resultados reforçam a necessidade de elaboração de políticas e ações para garantir o acesso ao sistema público de saúde, aos medicamentos e proteger contra o gasto catastrófico em saúde e o risco de empobrecimento no brasil.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 1.42275

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
73,08% 1,02% 16,83% 0,48% 0,75% 0,41% 0,51% 0,97% 0,34% 3,58% 0,42% 0,40% 0,29% 0,26% 0,41% 0,26%
ODS Predominates
ODS 1
ODS 1

73,08%

ODS 2

1,02%

ODS 3

16,83%

ODS 4

0,48%

ODS 5

0,75%

ODS 6

0,41%

ODS 7

0,51%

ODS 8

0,97%

ODS 9

0,34%

ODS 10

3,58%

ODS 11

0,42%

ODS 12

0,40%

ODS 13

0,29%

ODS 14

0,26%

ODS 15

0,41%

ODS 16

0,26%