
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: MOVIMENTO ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO UM PRODUTO DA HEGEMONIA: ANÁLISE DAS ASSEMBLÉIAS MUNDIAIS DE SAÚDE DE 1948 A 1978
Orientador
- MARTA INEZ MACHADO VERDI
Aluno
- RITA DE CASSIA GABRIELLI SOUZA LIMA
Conteúdo
A proposta deste estudo nasceu de uma insistente observação gerada em nossas experiências profissionais e acadêmicas: a inclinação social que condiciona a existência do hoje às incertezas do amanhã tem gerado nas ações de atenção primária à saúde uma expressiva lógica de subordinação do sofrimento humano da concretude da vida à ordem moderna contemporânea de materialização da ideia de risco. entendendo por sofrimento humano da concretude da vida os eventos que estão atuando no processo de viver das pessoas no tempo presente, ora objetivos, ora subjetivos, mas sempre históricos, e que para elas estão determinando e/ou condicionando o seu estar bem na vida. tal observação nos mobilizou para buscar no movimento atenção primária à saúde (maps), protagonizado pela organização mundial de saúde (oms), no período compreendido entre 1948 e 1978, se e como a ideia de risco se apresentou naquele momento histórico. para o desenvolvimento do estudo, utilizou-se como recurso metodológico a reconstrução etnográfica de abordagem ética na perspectiva demartiniana, a partir da relação com documentos originais das assembleias mundiais de saúde (ams) da oms. a exposição do objeto e a análise dos dados foram conduzidas pelo aporte teórico de gramsci, especialmente a sua análise da teoria da hegemonia. defende-se a tese de que a ideia de risco está presente como um dispositivo simbólico para atuar no controle da cultura social coletiva nomeada atenção primária à saúde, produzida nas relações hegemônicas da oms, entre 1948 e 1978. essa cultura se impôs como um componente estratégico para operar a hegemonia no cultivo de saúde como objeto de intervenção para o desenvolvimento econômico e social de sociedades com formação econômico-social capitalista. o movimento que a encadeou, o maps, apresentou-se, no recorte eleito, como uma reforma setorial do pensamento em saúde, cujos fins se expressaram em três verbos: resistir e conservar para desenvolver. o estudo chama atenção para o fato de que as lutas para mudar as condições de existência seriam o recurso para reduzir, oxalá desconstruir, a atuação da ideia de risco como dispositivo simbólico e inserir a saúde nas ações de aps como bem comum, um direito não somente teórico. nessa nova consciência social, a resistência e a conservação da invisibilidade da saúde concreta do tempo presente, observada nas ações impulsionadas pelo maps, entre 1948 e 1978, e propagadas internacionalmente, poderiam ser fraturadas.
Índice de Shannon: 0.826326
Índice de Gini: 0.189461
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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0,76% | 0,64% | 89,96% | 0,38% | 0,70% | 0,35% | 0,40% | 0,44% | 0,40% | 0,62% | 0,69% | 0,54% | 0,47% | 0,45% | 0,33% | 2,85% |
ODS Predominates


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