O lançamento de esgoto sanitário, sem o devido tratamento, pode provocar eutrofização nos corpos hídricos, pela presença de nutrientes como nitrogênio e fósforo. devido à fixação do nitrogênio atmosférico nas águas superficiais, a remoção de fósforo é considerada o fator limitante da eutrofização. a biodesfosfatação tem sido empregada em reatores de bateladas sequenciais (rbs), porém, nem sempre se consegue produzir um efluente dentro dos padrões de lançamento exigidos por lei, necessitando alternativas para melhorar a eficiência do tratamento. neste contexto, o presente trabalho estudou a remoção do fósforo via processos biológicos e químicos, aplicados em rbs com esgoto sanitário de baixa carga orgânica aplicada (média de 0,12 gdqo.l-1.dia-1) e altas concentrações de nutrientes (média de 10,3 mg po4-p. l-1 e 78 mg nh4-n.l-1) em escala piloto. o trabalho foi dividido em duas fases. na primeira fase, o reator foi avaliado por meio de estratégias para obter a maior capacidade de biodesfosfatação, via análises físico-químicas e biológicas. foram obtidas eficiências de remoção de 42% de fósforo total e 39% de ortofosfato. para melhorar o desempenho do rbs, foram testadas dosagens de cloreto férrico em jar test em bancada, visando à precipitação química do fósforo no reator. os resultados apontaram dosagens com relações molares fe:p de 4:1 e de 3:1. na sequência, os resultados obtidos foram aplicados no reator, porém por ser esgoto real, a vazão diária e as concentrações do fósforo variaram continuamente, variando as relações molares de dosagens. observou-se também que lodo com cloreto férrico precipitado afetava também na eficiência da remoção do fósforo. quanto maior a concentração de fósforo no efluente, menor era a relação molar necessária para obter altas eficiências e vice-versa. a remoção do fósforo nessa etapa foi superior a 95%, evidenciando que a combinação dos processos químicos e biológicos é uma alternativa para remoção de fósforo de esgoto sanitário em rbs.